As últimas intervenções dos candidatos a presidente do PSD, nomeadamente o último debate, confirmam o que aqui foi dito e que tem sido também afirmado por muita gente que guarda uma certa independência relativamente ao acontecimento.
Uma coisa é não concordarmos com as propostas, ou porque ideologicamente nos não revemos nelas ou porque os candidatos propositadamente se não expressam com mais clareza para deixar a pairar alguma equivocidade sobre o que contam fazer. Outra, completamente diferente, é não ter ideias, não ter um pensamento estruturado, nem uma base cultural e de conhecimentos de que o ouvinte imediatamente se apercebe relativamente a quem fala. Mesmo que quem fala, esteja apenas a falar do tempo.
Com excepção de Patinha Antão, que apresentou uma proposta financeira estruturada, mas apenas financeira e nada mais – e é bom não esquecer que as finanças são apenas um instrumento, importante, mas instrumento - todos os demais andaram à volta da chamada “gestão corrente”, mesmo assim limitada.
Manuela Ferreira Leite, com excepção de impostos e de algumas medidas de tipo assistencial, que agora se propõe tomar (para quebrar a dureza da sua imagem de rigidez orçamental), não fala de mais nada. Sobre as demais políticas ou concorda, como acontece relativamente à política económica, ou não se pronuncia. Mas vê-se que o seu silêncio não é eloquente. E quando fala é sempre numa perspectiva financeira, como aconteceu a propósito da saúde. O discurso, porém, é fraco. Pouco fluente e pouco articulado. O lugar de primeiro-ministro exige muito mais.
Passos Coelho descobriu agora o liberalismo. Está vinte anos atrasado e ainda é tão novo…Vê-se que tem falências técnicas profundas em todas as áreas e muita inconsistência política. É um bom exemplo do que são as “jotas” deste país!
Santana Lopes tem evidentemente uma grande experiência desta política que se faz em Portugal desde há trinta anos. Esteve sempre presente em todas as frentes e isso dá-lhe um à vontade e uma fluência que claramente falta aos outros. Mas sabe-se que só muito recentemente começou a equacionar a possibilidade de desempenhar funções executivas. Primeiramente, exerceu-as quase sem contar. Os projectos dele eram outros. Depois saiu como saiu e desde então sente-se ferido no seu orgulho e quer demonstrar que é capaz de fazer muito mais e melhor. Durante a campanha eleitoral actuou a um tempo como se estivesse a disputar uma eleição num clube de futebol (nisso António Costa tem razão) e na outra parte com um pensamento mais estruturado e mais informado do que o dos seus dois ("mais fortes") opositores. O problema dele é a coerência das propostas. A gente ouve e fica sem saber se ele está a anunciar uma regra ou uma excepção…
Uma coisa é não concordarmos com as propostas, ou porque ideologicamente nos não revemos nelas ou porque os candidatos propositadamente se não expressam com mais clareza para deixar a pairar alguma equivocidade sobre o que contam fazer. Outra, completamente diferente, é não ter ideias, não ter um pensamento estruturado, nem uma base cultural e de conhecimentos de que o ouvinte imediatamente se apercebe relativamente a quem fala. Mesmo que quem fala, esteja apenas a falar do tempo.
Com excepção de Patinha Antão, que apresentou uma proposta financeira estruturada, mas apenas financeira e nada mais – e é bom não esquecer que as finanças são apenas um instrumento, importante, mas instrumento - todos os demais andaram à volta da chamada “gestão corrente”, mesmo assim limitada.
Manuela Ferreira Leite, com excepção de impostos e de algumas medidas de tipo assistencial, que agora se propõe tomar (para quebrar a dureza da sua imagem de rigidez orçamental), não fala de mais nada. Sobre as demais políticas ou concorda, como acontece relativamente à política económica, ou não se pronuncia. Mas vê-se que o seu silêncio não é eloquente. E quando fala é sempre numa perspectiva financeira, como aconteceu a propósito da saúde. O discurso, porém, é fraco. Pouco fluente e pouco articulado. O lugar de primeiro-ministro exige muito mais.
Passos Coelho descobriu agora o liberalismo. Está vinte anos atrasado e ainda é tão novo…Vê-se que tem falências técnicas profundas em todas as áreas e muita inconsistência política. É um bom exemplo do que são as “jotas” deste país!
Santana Lopes tem evidentemente uma grande experiência desta política que se faz em Portugal desde há trinta anos. Esteve sempre presente em todas as frentes e isso dá-lhe um à vontade e uma fluência que claramente falta aos outros. Mas sabe-se que só muito recentemente começou a equacionar a possibilidade de desempenhar funções executivas. Primeiramente, exerceu-as quase sem contar. Os projectos dele eram outros. Depois saiu como saiu e desde então sente-se ferido no seu orgulho e quer demonstrar que é capaz de fazer muito mais e melhor. Durante a campanha eleitoral actuou a um tempo como se estivesse a disputar uma eleição num clube de futebol (nisso António Costa tem razão) e na outra parte com um pensamento mais estruturado e mais informado do que o dos seus dois ("mais fortes") opositores. O problema dele é a coerência das propostas. A gente ouve e fica sem saber se ele está a anunciar uma regra ou uma excepção…