segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MAIS DIFÍCIL VIAJAR PARA OS ESTADOS UNIDOS




ONDE VAMOS PARAR?

Depois das ameaças de atentados do passado fim-de-semana em aviões americanos, tornou-se claro que não existem sistemas absolutamente seguros para garantir a segurança aérea. Todavia, as directivas que vêm de Washington impõem novas restrições a todos os voos para os Estados Unidos ou que sobrevoem o território americano.
Além do reforço das medidas já existentes, passará a haver outras, aleatoriamente aplicadas, variáveis de voo para voo, de companhia aérea para companhia aérea e de aeroporto para aeroporto.
As directivas não foram tornadas públicas pelas autoridades americanas, sabendo-se apenas que na sequência das medidas de reforço da segurança aérea, algumas companhias europeias já publicaram nos seus sites algumas dessas novas restrições. Assim, a British Airways já determinou que nos voos destinados aos Estados Unidos os passageiros deverão permanecer sentados na última hora de voo, não podem aceder à sua bagagem de mão, nem ter qualquer objecto sobre o regaço. Também durante o sobrevoo do território americano a tripulação não poderá fornecer qualquer informação sobre a posição da aeronave.
É também muito provável que a bagagem de mão venha a sofrer novas restrições ou que venha a estar sujeita a vários controlos.
A questão está em saber até onde vai a capacidade (empresarial) das companhias aéreas para resistir às restrições que vão ser postas em prática e quais os reflexos dessas medidas sobre muitos dos passageiros que não viajam por obrigação.
Tudo o que hoje se passa em matéria de segurança aérea já constitui uma vitória da Al Queda. Uma vitória que trouxe muito dinheiro a muita gente e também algum emprego, mas prejuízos a muita mais. Até onde vai ser possível ir? Onde vamos parar, agora que a África começa a revelar-se um terreno de eleição para o recrutamento de novos elementos?
Acabar com os principais focos de tensão (conflito israelo-árabe, Afeganistão) constituiria um primeiro passo, mas olhando para o estado em que as coisas já estão e à própria natureza da Al Queda não será muito ousado admitir que temos conflito para durar muito tempo…

1 comentário:

Anónimo disse...

O autor, no final do texto, parece-me tocar numa questão sempre omitida ou refutada pelo "politicamente correcto". Para esta banda, pc(politicamente correcto)o problema do "terrorismo islâmico", do anti-americanismo etc, tem uma principal e quase única causa: a questão palestiniana! A mim, do meu modesto ponto de observação,sempre me pareceu que não. Há mais causas, e causa mais "abrangente", ou alguém acredita na solidariedade planetária para com os muçulmanos da palestina?
LG