A SUCESSÃO NO PSD
Dois factos assinalaram ontem uma nova linguagem na corrida à sucessão do PSD.
A conferência de Pinto Balsemão, no Instituto Sá Carneiro e a entrevista de Marcelo Rebelo de Sousa à RTP N.
Tanto um como outro se esforçaram por contrariar a ideia corrente (confirmada pelos factos) de que o PSD é uma espécie de Afeganistão sem invasores estrangeiros. Por outras palavras, às “lutas tribais” e às respectivas demarcações territoriais que delas resultam, ambos preferiram privilegiar o tratamento dos grandes temas nacionais, como meio de saída da crise tanto do PSD e como do país. Embora em termos diferentes, Balsemão mais assertivo e Marcelo com alguma compreensão teórica pela situação existente no seio do partido, segundo ele decorrente da sua própria natureza, ambos marcaram pontos sobre uma nova forma de encarar a corrida à sucessão.
Percebe-se que Marcelo não está fora da corrida, mas percebe-se também que de forma alguma aceita ser eleito como chefe de facção. O seu objectivo, se lá chegasse, seria mesmo dispensar o apoio dos notáveis que por aí pululam mediante uma ligação directa com os militantes e os eleitores. Só que o mais difícil…é mesmo lá chegar.
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