DUAS NOTAS
Da entrevista que Greenspan concedeu ao El País, para sinalizar o lançamento, em Espanha, do seu livro, Era da Turbulência, já publicado em português, tanto em Portugal, como no Brasil, destaco duas notas:
Primeira – O crescimento sem inflação é cada vez mais difícil; segundo Greenspan, este período está a chegar ao fim, já que ele coincidiu com tempo de ajustamento das economias planificadas (Rússia, China e outras) a um mercado concorrencial, livre e competitivo; o preço das exportações destes países está a subir e isso terá como consequência inevitável um aumento da inflação;
Segunda – No livro acima citado, Greenspan disse: “Entristece-me que seja politicamente inconveniente reconhecer o que todo o mundo sabe: que a guerra do Iraque tinha que ver, sobretudo, com o petróleo”; agora explica que apenas queria dizer que se não houvesse petróleo no Iraque, Sadam Hussein não teria podido lançar mão dos recursos que lhe permitiram ameaçar os países vizinhos; foi o petróleo que deu a Sadam os recursos que criaram os problemas que levaram à reacção contra ele.
Ouvido ou lido isto, a gente pergunta: então não seria melhor que Greenspan, apesar de reformado, continuasse a trabalhar no aperfeiçoamento dos tais modelos econométricos que permitirão, no futuro, evitar as crises do capital especulativo do que pôr-se a falar de política? Além de que, com a sua explicação de agora não resolve nada: Bush e Cheney tiraram o petróleo a Sadam. E a quem o deram? Às vezes mais vale estar calado…
Da entrevista que Greenspan concedeu ao El País, para sinalizar o lançamento, em Espanha, do seu livro, Era da Turbulência, já publicado em português, tanto em Portugal, como no Brasil, destaco duas notas:
Primeira – O crescimento sem inflação é cada vez mais difícil; segundo Greenspan, este período está a chegar ao fim, já que ele coincidiu com tempo de ajustamento das economias planificadas (Rússia, China e outras) a um mercado concorrencial, livre e competitivo; o preço das exportações destes países está a subir e isso terá como consequência inevitável um aumento da inflação;
Segunda – No livro acima citado, Greenspan disse: “Entristece-me que seja politicamente inconveniente reconhecer o que todo o mundo sabe: que a guerra do Iraque tinha que ver, sobretudo, com o petróleo”; agora explica que apenas queria dizer que se não houvesse petróleo no Iraque, Sadam Hussein não teria podido lançar mão dos recursos que lhe permitiram ameaçar os países vizinhos; foi o petróleo que deu a Sadam os recursos que criaram os problemas que levaram à reacção contra ele.
Ouvido ou lido isto, a gente pergunta: então não seria melhor que Greenspan, apesar de reformado, continuasse a trabalhar no aperfeiçoamento dos tais modelos econométricos que permitirão, no futuro, evitar as crises do capital especulativo do que pôr-se a falar de política? Além de que, com a sua explicação de agora não resolve nada: Bush e Cheney tiraram o petróleo a Sadam. E a quem o deram? Às vezes mais vale estar calado…
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