terça-feira, 29 de abril de 2008

HOWARD DEAN QUER QUE UM DESISTA EM 3 DE JUNHO


A INCERTEZA DO PARTIDO DEMOCRÁTICO


Há sondagens para todos os gostos. Umas dão Hillary como vencedora no confronto com McCain, outras continuam a apontar Obama como o melhor candidato para bater o senador do Arizona.
Até há bem pouco tempo todos diziam que a acirrada disputa entre os pré- candidatos democráticos favorecia o candidato republicano, a ponto de um conhecido radialista da direita americana incitar os republicanos a votar nas primárias democráticas…para manter a contenda em aberto e “fazê-los sangrar”. Agora, já há quem diga que esta permanente atenção dos media nos candidatos democráticos faz perder visibilidade ao candidato republicano, que, além do mais, tem dificuldade em intervir, já que as diferenças entre os candidatos democráticos incidem sobre pontos que raramente lhe permitem opinar sem parecer que está a tomar partido.
Seja como for, o certo é que a campanha dos democratas está longe de terminar, a menos que Obama perca as duas primárias de 6 de Maio. Se isso não acontecer, o mais provável é que a luta se mantenha até à última primária, em Porto Rico, a 3 de Junho.
Howard Dean, presidente do partido, voltou hoje a reiterar, embora em termos diferentes, o pedido de a disputa não ser levada até Denver, à convenção nacional democrata, em 25 de Agosto, sugerindo aos candidatos que um deles se retire a 3 de Junho.
De facto, em 3 de Junho todos os delegados “pledged” estarão identificados. E Dean acredita que até lá se terão pronunciado todos os superdelegados que ainda o não fizeram.
Obama, que continua a despertar a simpatia do eleitorado mais jovem, do afro-americano e dos democratas mais instruídos e com rendimento mais elevado, tem tido dificuldade em penetrar nos sectores mais populares e de mais baixo rendimento do partido democrático. O reverendo Jeremiah Wright, por seu lado, também não ajuda. Ainda ontem reiterou todos os pontos mais polémicos do seu discurso e acrescentou que os ataques de que está a ser alvo não são contra ele, mas contra a igreja negra. Obama demarcou-se dizendo que o reverendo não fala em seu nome.


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