Não se poderia esperar que a Igreja portuguesa, institucionalmente, desautorizasse o Papa. Só num clima de afrontamento quase “cismático” se poderia esperar tal coisa. Mas seria de esperar – e isso tem acontecido – que diversas vozes, mais corajosas, venham, em nome individual, dizer o que muitos pensam e que, por razões diversas, entendem não o dizer em voz alta.
Contra a alocução papal sobre o uso de preservativos já se manifestaram o Bispo das Forças Armadas e o Bispo de Viseu e agora também o presidente da comissão episcopal da pastoral social, Carlos Azevedo.
Finalmente, a imprensa portuguesa, por intermédio do Público, deu também voz às criticas que no seio da Igreja se fazem ouvir sobre a carta que o Papa dirigiu aos bispos na sequência da polémica gerada pelo perdão concedido aos bispos integristas.
Essa carta, a que aqui já fizemos circunstanciada referência, tem merecido grande contestação de teólogos e outros altos dignitários da Igreja Católica por ser, no mínimo, muito equívoca relativamente ao concílio Vaticano II.
Esta profunda contestação que existe, em larguíssimos sectores da Igreja, relativamente às posições do Papa – e, dentre todas, a desvalorização do Vaticano II é certamente a mais contestada – é um fenómeno novo nas relações da Igreja com o Vaticano. Novo, não porque nunca tenha acontecido, mas novo porque expõe uma polémica entre o Papa e sectores da alta hierarquia eclesiástica que estão muito longe de poderem ser identificados com qualquer tipo de "revolucionarismo".
Contra a alocução papal sobre o uso de preservativos já se manifestaram o Bispo das Forças Armadas e o Bispo de Viseu e agora também o presidente da comissão episcopal da pastoral social, Carlos Azevedo.
Finalmente, a imprensa portuguesa, por intermédio do Público, deu também voz às criticas que no seio da Igreja se fazem ouvir sobre a carta que o Papa dirigiu aos bispos na sequência da polémica gerada pelo perdão concedido aos bispos integristas.
Essa carta, a que aqui já fizemos circunstanciada referência, tem merecido grande contestação de teólogos e outros altos dignitários da Igreja Católica por ser, no mínimo, muito equívoca relativamente ao concílio Vaticano II.
Esta profunda contestação que existe, em larguíssimos sectores da Igreja, relativamente às posições do Papa – e, dentre todas, a desvalorização do Vaticano II é certamente a mais contestada – é um fenómeno novo nas relações da Igreja com o Vaticano. Novo, não porque nunca tenha acontecido, mas novo porque expõe uma polémica entre o Papa e sectores da alta hierarquia eclesiástica que estão muito longe de poderem ser identificados com qualquer tipo de "revolucionarismo".
Sem comentários:
Enviar um comentário