QUE CRITÉRIO PARA COMENTADORES COMO ROGEIRO?
Rogeiro depois da saída de Rumsfeld do Pentágono ficou sem objecto. Enquanto lá teve aquela sinistra personalidade bem podia brincar às guerras nos quatro cantos do mundo e seguir com incontido entusiasmo as que a gente do Bush ia fazendo. Com Bush fora do baralho e Obama na presidência, Rogeiro ficou sem objecto de comentário, não obstante os esforços que semanalmente vai fazendo na “Sociedade das Nações” para intrigar e manipular. Só que esta ausência de assunto por falta de guerreiros na Casa Branca não justifica que seja agora convocado por Ana Lourenço ou, quem sabe, por Pinto Balsemão, para intervir regularmente no comentário de política nacional.
É que Rogeiro não tem respeito pelo espectador e tenta, com a sua mente perversa, fazer com as palavras, embora muito patetamente a maior parte das vezes, as mesmas cenas que fazia com os aviõezinhos de plástico que levava para comentar as guerras do Bush.
O respeito pelo telespectador é o primeiro critério que deve nortear uma televisão na escolha dos comentadores residentes ou eventuais. Não se trata evidentemente de exigir comentadores que pensem como nós ou que digam o que nós gostaríamos de ouvir ou de dizer, se estivéssemos no lugar deles. Trata-se de respeitar o rigor dos factos e das normas e fazer a partir daí comentários que possam contribuir para clarificar o objecto do debate de modo a que o telespectador, conscientemente, possa ficar esclarecido, sem prejuízo das preferências de cada um.
O comentário até pode, no limite, ser um exercício lúdico ou pérfido para mentes superiores, que a elegância da linguagem e as subtilezas de raciocínio tornam difíceis de detectar pela generalidade pessoas. Mas não pode tornar-se numa brincadeira inconsequente e inconsistente como são as principais intervenções de Rogeiro, nem num objecto de intriga vulgar destinado a funcionar como sucedâneo de uma derrota mal digerida. Ainda ontem, Rogeiro não sabia que o programa do governo, depois das revisões constitucionais que alteraram o regime primitivo da constituição, não tem que ser votado, embora qualquer grupo parlamentar possa propor uma moção de rejeição cuja aprovação terá como consequência a queda do governo.
Mas partir daqui para fazer passar a ideia de que Cavaco poderia desde já indigitar um primeiro-ministro do PSD se os demais partidos deixarem explícito que não vão “votar o programa do governo” é uma manobra de intriga política vulgar que desrespeita o espectador. E desrespeita-o, antes de mais, porque, como já se disse, os partidos não votam o programa do governo, o que votam é uma moção de rejeição do programa se alguém a propuser. E isso dificilmente se pode saber antes de chegar ao Parlamento. Mas é uma intriga vulgar pelo que contém do tal pensamento obscurantista de que acima falámos. É que na actual situação somente o PSD não está contente com os resultados eleitorais. O Bloco e o CDS estão contentíssimos, e o PS e o PCP, embora gostassem de ter mais deputados, o que menos estão dispostos é voltar a eleições nos tempos mais próximos. O próprio PSD, pela crise interna em que vive mais intensamente desde a partida de Barroso, e pelo descrédito em que caiu na recente campanha eleitoral, apesar de não gostar dos resultados eleitorais também não tem condições tão cedo para afrontar com êxito um novo combate eleitoral. Por isso mais vale deixar ficar tudo como está.
Se Rogeiro pretende com os seus comentários armar em “menino traquinas” mais vale que fique em casa a brincar com joguinhos de guerra no computador e deixe os telespectadores em paz.
Rogeiro depois da saída de Rumsfeld do Pentágono ficou sem objecto. Enquanto lá teve aquela sinistra personalidade bem podia brincar às guerras nos quatro cantos do mundo e seguir com incontido entusiasmo as que a gente do Bush ia fazendo. Com Bush fora do baralho e Obama na presidência, Rogeiro ficou sem objecto de comentário, não obstante os esforços que semanalmente vai fazendo na “Sociedade das Nações” para intrigar e manipular. Só que esta ausência de assunto por falta de guerreiros na Casa Branca não justifica que seja agora convocado por Ana Lourenço ou, quem sabe, por Pinto Balsemão, para intervir regularmente no comentário de política nacional.
É que Rogeiro não tem respeito pelo espectador e tenta, com a sua mente perversa, fazer com as palavras, embora muito patetamente a maior parte das vezes, as mesmas cenas que fazia com os aviõezinhos de plástico que levava para comentar as guerras do Bush.
O respeito pelo telespectador é o primeiro critério que deve nortear uma televisão na escolha dos comentadores residentes ou eventuais. Não se trata evidentemente de exigir comentadores que pensem como nós ou que digam o que nós gostaríamos de ouvir ou de dizer, se estivéssemos no lugar deles. Trata-se de respeitar o rigor dos factos e das normas e fazer a partir daí comentários que possam contribuir para clarificar o objecto do debate de modo a que o telespectador, conscientemente, possa ficar esclarecido, sem prejuízo das preferências de cada um.
O comentário até pode, no limite, ser um exercício lúdico ou pérfido para mentes superiores, que a elegância da linguagem e as subtilezas de raciocínio tornam difíceis de detectar pela generalidade pessoas. Mas não pode tornar-se numa brincadeira inconsequente e inconsistente como são as principais intervenções de Rogeiro, nem num objecto de intriga vulgar destinado a funcionar como sucedâneo de uma derrota mal digerida. Ainda ontem, Rogeiro não sabia que o programa do governo, depois das revisões constitucionais que alteraram o regime primitivo da constituição, não tem que ser votado, embora qualquer grupo parlamentar possa propor uma moção de rejeição cuja aprovação terá como consequência a queda do governo.
Mas partir daqui para fazer passar a ideia de que Cavaco poderia desde já indigitar um primeiro-ministro do PSD se os demais partidos deixarem explícito que não vão “votar o programa do governo” é uma manobra de intriga política vulgar que desrespeita o espectador. E desrespeita-o, antes de mais, porque, como já se disse, os partidos não votam o programa do governo, o que votam é uma moção de rejeição do programa se alguém a propuser. E isso dificilmente se pode saber antes de chegar ao Parlamento. Mas é uma intriga vulgar pelo que contém do tal pensamento obscurantista de que acima falámos. É que na actual situação somente o PSD não está contente com os resultados eleitorais. O Bloco e o CDS estão contentíssimos, e o PS e o PCP, embora gostassem de ter mais deputados, o que menos estão dispostos é voltar a eleições nos tempos mais próximos. O próprio PSD, pela crise interna em que vive mais intensamente desde a partida de Barroso, e pelo descrédito em que caiu na recente campanha eleitoral, apesar de não gostar dos resultados eleitorais também não tem condições tão cedo para afrontar com êxito um novo combate eleitoral. Por isso mais vale deixar ficar tudo como está.
Se Rogeiro pretende com os seus comentários armar em “menino traquinas” mais vale que fique em casa a brincar com joguinhos de guerra no computador e deixe os telespectadores em paz.