UM PROBLEMA DE CONTENÇÃO OU MAIS DO QUE ISSO?
Não se pode verdadeiramente dizer que as declarações de Ulrich, CEO do BPI, não correspondam à realidade. Como simples constatação da situação financeira portuguesa elas até ficarão aquém da realidade.
É certo que tais declarações são desacompanhadas de qualquer análise, entendendo-se que as análises servem para explicar o que se passou e para abrir pistas para o futuro. Por isso, percebe-se mal o propósito de Ulrich. À primeira vista é um propósito alarmista, que, em princípio, é a última coisa que se espera de um banqueiro, nomeadamente quando o alarme pode prejudicar o seu negócio – e de que maneira!
Já não é a primeira vez que Ulrich actua como ontem fez. E fica sempre a dúvida sobre o verdadeiro leit motiv das suas palavras: se algo se passa com a concorrência que desperta a sua fúria quase suicidária ou se antes uma falta de contenção muito própria de quem a qualquer preço busca audiência que sente faltar-lhe por preconceito académico.
A verdade é que naquele banco estávamos habituados a intervenções de outra classe…
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