A ALEMANHA IMPÕE A SUA “SOLUÇÃO”
Contrariamente ao que acontece no futebol, as reuniões cimeiras da União Europeia eram conhecidas por assegurar vitórias a todos os participantes qualquer que tivesse sido a solução encontrada.
Desde há muito, talvez desde o alargamento a Leste e seguramente desde o desencadeamento da crise financeira, que ninguém de bom senso continua a fazer afirmações semelhantes. A União Europeia é cada vez mais intergovernamental e menos comunitária e como sempre acontece em reuniões com aquela natureza quem acaba por impor os seus pontos de vista são os mais fortes.
Foi isso o que ontem aconteceu no falso consenso de Bruxelas: a Alemanha impôs a sua posição à França e aos demais, deixando ficar no texto uma ou duas ilusórias palavras de aceitação dos pontos de vista alheios.
A verdadeira solução é: o FMI ficará a seu cargo com o financiamento substancial da Grécia e somente se o financiamento do mercado for insuficiente (leia-se quando a Grécia interromper os pagamentos) é que, como ultima ratio, poderá haver financiamentos bilaterais complementares, decididos por unanimidade!
Estes financiamentos bilaterais não serão concedidos a juros subvencionados, mas antes através de linhas de crédito que incentivem o regresso ao mercado o mais rapidamente possível e serão concedidos de acordo com o Tratado (?) e as legislações nacionais.
Ou seja, a Grécia vai continuar a pagar juros muito elevados e o FMI não poderá, na prática, actuar como costuma fazê-lo relativamente a outros Estados, uma vez que há certos instrumentos económicos (política monetária e cambial), que, pelo facto de país pertencer à zona euro, não podem ser usados.
Quer isto dizer que se está a preparar a saída da Grécia da zona euro? É o que parece...
A França, com uma liderança fraca, errante e hiperactiva, não está em condições de fazer frente a Merkel. Por isso é de saudar a decisão de Dominique Villepin de formação de um novo partido, por cisão da UMP de Sarkozy.
Vai-se dizendo em alguma imprensa que é um partido de direita…Quem dera que houvesse na chamada “esquerda PS” muita gente de “direita” como Chirac, Villepin, Juppé e tantos outros.
Ou seja, a Grécia vai continuar a pagar juros muito elevados e o FMI não poderá, na prática, actuar como costuma fazê-lo relativamente a outros Estados, uma vez que há certos instrumentos económicos (política monetária e cambial), que, pelo facto de país pertencer à zona euro, não podem ser usados.
Quer isto dizer que se está a preparar a saída da Grécia da zona euro? É o que parece...
A França, com uma liderança fraca, errante e hiperactiva, não está em condições de fazer frente a Merkel. Por isso é de saudar a decisão de Dominique Villepin de formação de um novo partido, por cisão da UMP de Sarkozy.
Vai-se dizendo em alguma imprensa que é um partido de direita…Quem dera que houvesse na chamada “esquerda PS” muita gente de “direita” como Chirac, Villepin, Juppé e tantos outros.
1 comentário:
os eleitores alemães impõem a sua solução, queria dizer.
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