MERECEM IDÊNTICO CASTIGO
O mundo assistiu com estupefacção e revolta a mais uma barbaridade de Israel. O mundo, é como quem diz, porque os Estados Unidos ainda necessitam que lhes expliquem o que se passou e a subserviente diplomacia das Necessidades também ficou calada, ou quase, como sempre fica, quando estão em causa directa ou indirectamente interesses americanos. Mas o resto do mundo condenou.
As condenações meramente verbais todavia não chegam. Hoje Israel é governado por uma camarilha que não hesita na prática de qualquer tipo de crime, crime de guerra, genocídio, retaliações contra populações civis, raptos, assassínio, enfim, tudo o que um bando de criminosos normalmente faz.
Tal como aconteceu na Alemanha nazi, a maior parte da população de Israel fecha os olhos, e, contrariamente ao que aconteceu na Alemanha, a que vive fora de Israel maioritariamente aplaude.
Há entre a classe política israelita, desde os “socialistas” (vão entre aspas não por pertencerem ao partido socialista, mas porque socialista tem a mesma raiz que socialismo) à extrema-direita muitas semelhanças com o bando nazi que se apoderou dos destinos da Alemanha no começo da década de trinta do século passado: o racismo, o espaço vital, o completo desprezo pelas “raças inferiores”, a legitimação de qualquer meio, por mais violento e desumano, contanto que seja (ou se suponha que seja) adequado ao fim em vista. Tudo serve. Com a protecção de Wall Street, do bando financeiro que apoia Israel, e da Casa Branca, melhor dizendo, da Administração americana, esteja lá quem estiver, tudo, até hoje, tem ficado impune.
E aqui há diferenças relativamente aos nazis: em, primeiro lugar, porque os nazis também lutavam contra o domínio financeiro judaico (sim, a gente sabe, com muitas contradições, com muitas mentiras de permeio, mas a palavra de ordem existia) e, em segundo lugar, porque dez anos depois de terem chegado ao poder já se sabia que os nazis não iriam ficar impunes.
Há todas as razões para supor que o ataque criminoso contra a frota da paz marca uma viragem decisiva na história de Israel e da sua impunidade. A Turquia não é verdadeiramente o Iraque, nem mesmo o Irão. Mas tudo está em aberto, inclusive um possível holocausto. Como se sabe, Hitler, já no estertor do nazismo, não teria hesitado na utilização da “arma misteriosa” se efectivamente a chegasse a ter, como contava. Estes, os de Israel, apertados, também não hesitarão. É gente da mesma cepa. À altura uma da outra. Com a diferença de que a têm!