Anda aí um grande alarido acerca das eleições deste ano. O Governo, diz-se, quer fazer coincidir as legislativas com as europeias; o Presidente da República, diz-se também, quer marcar as legislativas no mesmo dia das autárquicas. Embora juridicamente a segunda pretensão seja mais fácil de levar à prática do que a primeira, a pergunta que se deve colocar é a seguinte: Que interesse ou interesses podem justificar estas pretensões? Como os interesses inconfessáveis não podem, por definição, ser confessados, não é nada provável que o Governo (a quem cabe a marcação das autárquicas) ou o Presidente da República (a quem compete a marcação das demais) alguma vez venham a revelar as verdadeiras razões que os move ou moverá, se eventualmente vierem a optar pela marcação simultânea dos actos eleitorais.
É natural que digam por outras palavras aquilo que R. Costa e outros comentadores, principalmente da área económica, disseram sem qualquer pudor: é bom que o Pais seja poupado a essa maçada de três actos eleitorais num ano, ainda por cima em tempo de crise!
Como a marcação simultânea de dois actos eleitorais, sejam legislativas/europeias ou legislativas/autárquicas, qualquer que seja a justificação, só pode ter por fundamento manobras eleitorais, e subjacente uma desvalorização intrínseca do próprio acto eleitoral, é bom que os democratas se oponham a tais manobras e as denunciem, exigindo três actos eleitorais separados. Pouco importará que os portugueses participem diversamente nos respectivos actos eleitorais. Essa participação, seja ela qual for, é a expressão do interesse que atribuem ao respectivo acto eleitoral.
É natural que digam por outras palavras aquilo que R. Costa e outros comentadores, principalmente da área económica, disseram sem qualquer pudor: é bom que o Pais seja poupado a essa maçada de três actos eleitorais num ano, ainda por cima em tempo de crise!
Como a marcação simultânea de dois actos eleitorais, sejam legislativas/europeias ou legislativas/autárquicas, qualquer que seja a justificação, só pode ter por fundamento manobras eleitorais, e subjacente uma desvalorização intrínseca do próprio acto eleitoral, é bom que os democratas se oponham a tais manobras e as denunciem, exigindo três actos eleitorais separados. Pouco importará que os portugueses participem diversamente nos respectivos actos eleitorais. Essa participação, seja ela qual for, é a expressão do interesse que atribuem ao respectivo acto eleitoral.
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