O SEGUIDISMO SEM DISFARCES
O que se passa com Portugal, passa-se com alguns outros países da União Europeia. O seguidismo em relação à política americana é sem disfarces e total. Até há bem pouco tempo apoiaram Bush no essencial ou, quando não o apoiaram expressamente, nunca dele se distanciaram o suficiente. Agora com Obama tentam adivinhar-lhe as intenções para desde logo se perfilarem como fiéis seguidores. Nem no tempo da guerra fria houve esta preocupação de "mostrar serviço".
Já há muito tempo se sabia que a posição que tem vindo a ser defendida pelos Estados Unidos com a cumplicidade da Europa sobre o conflito israelo-palestiniano apenas conduziu a um agravamento da situação. Rotular de terroristas todos aqueles que lutam por um Estado palestiniano viável, só serve para cortar as pontes de diálogo e inviabilizar uma solução pacífica do conflito. E também não é ostracizando e marginalizando do convívio das nações aqueles (poucos) Estados que estão em condições de fazer frente ao expansionismo colonialista de Israel, que se garante uma solução justa e duradoira para aquele conflito.
Pelos primeiros sinais da nova administração americana relativamente ao conflito israelo-palestiniano – contacto telefónico de Obama com Abbas antes de Olmert e nomeação de George Mitchell como enviado do presidente para o Médio Oriente - Imediatamente se compreendeu que a política vai mudar. E que os Estados Unidos não poderão deixar de falar com o Hamas e com o Irão se realmente pretendem fazer um esforço sério para resolver o conflito.
Só que esta descoberta da nova América já há muito que era conhecida por todos quantos buscavam uma solução equilibrada do conflito. E deveria sê-lo também da diplomacia europeia. Não foi. Alinhou servilmente com a posição americana, apesar de recair sobre a União Europeia o grosso da factura da Palestina, em ajuda humanitária e de cooperação. Mas agora, que se avizinha a mudança, logo Luis Amado vem dizer que a Europa tem de se preparar para “o novo enquadramento” e que ele próprio irá suscitar em Bruxelas a questão.
A questão que se coloca é porém outra: que credibilidade têm para a nova administração americana pessoas que mudam como os cata-ventos? A analogia pode sempre buscar-se em Roma, no Império Romano: o império nunca aliena os apoios prestados, principalmente sem contrapartidas, mas despreza os aliados que se comportam como súbditos.
Pelos primeiros sinais da nova administração americana relativamente ao conflito israelo-palestiniano – contacto telefónico de Obama com Abbas antes de Olmert e nomeação de George Mitchell como enviado do presidente para o Médio Oriente - Imediatamente se compreendeu que a política vai mudar. E que os Estados Unidos não poderão deixar de falar com o Hamas e com o Irão se realmente pretendem fazer um esforço sério para resolver o conflito.
Só que esta descoberta da nova América já há muito que era conhecida por todos quantos buscavam uma solução equilibrada do conflito. E deveria sê-lo também da diplomacia europeia. Não foi. Alinhou servilmente com a posição americana, apesar de recair sobre a União Europeia o grosso da factura da Palestina, em ajuda humanitária e de cooperação. Mas agora, que se avizinha a mudança, logo Luis Amado vem dizer que a Europa tem de se preparar para “o novo enquadramento” e que ele próprio irá suscitar em Bruxelas a questão.
A questão que se coloca é porém outra: que credibilidade têm para a nova administração americana pessoas que mudam como os cata-ventos? A analogia pode sempre buscar-se em Roma, no Império Romano: o império nunca aliena os apoios prestados, principalmente sem contrapartidas, mas despreza os aliados que se comportam como súbditos.
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