AS NOVAS EXPLICAÇÕES
Os novos esclarecimentos prestados pelo tio de José Sócrates põem a claro aquilo que uma pessoa de boa-fé já tinha concluído: que houve manipulação das declarações por ele prestadas.
Jornalistas sem escrúpulos, prevalecendo-se da inabilidade de pessoas não habituadas a contactar com a comunicação social, interpretam maliciosamente uma conversa descontraída e transmitem declarações cuja gravação não havia sido autorizada.
O secretário de Estado de Isaltino de Morais, que tem contestado a aprovação de diplomas legislativos por um governo de gestão, esquece-se de duas coisas: que o Governo a que ele pertenceu fez o mesmo e até se conhecem as pressões feitas sobre um ministro, que acabou por ceder, para nos últimos dias despachar um sem número de assuntos pendentes; que Durão Barroso, se quisesse, poderia ter impedido a publicação dos decretos-leis números 140/2002 e 141/2002; bastava não os referendar!
Nada do que vai dito serve para justificar a alteração “em cima da hora” da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, nem para fazer esquecer o destino das alegadas “transferências de verbas” , vindas de Londres, para fins não directamente relacionados com o investimento ou o pagamento de despesas lícitas com ele conexas.
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