PARTIDOS ÁRABES IMPEDIDOS DE PARTICIPAR NAS ELEIÇÕES
A comissão eleitoral israelita decidiu por maioria proibir a participação de dois partidos árabes nas próximas eleições.
Os poucos árabes que permaneceram em Israel, depois da constituição do Estado e da expulsão de milhares e milhares de palestinianos que se seguiu às primeiras guerras israelo-palestinianas, correm agora o risco de não ter representação parlamentar, se o supremo tribunal não anular a decisão daquela comissão.
Israel, como toda a gente sabe, defende e pratica uma política expansionista de anexação de territórios alheios e, além disso, leva a cabo dentro das suas próprias fronteiras uma política racista e discriminatória relativamente aos palestinianos que lá ficaram.
Poderá Israel, pelo facto de fazer eleições periódicas para primeiro-ministro (em Israel há mesmo eleições para este fim), para deputados e para representantes das autarquias locais, considerar-se um país democrático?
Depois do que se está a passar em Gaza, que é apenas mais uma brutal demonstração da impiedade judaica, a questão dos procedimentos como factor de legitimação não pode deixar de ser posta em causa. Então, não é preciso mais nada? O que valem são as teses de Luhmann ou as de Habermas? Não tem que haver referência a valores?
Olhando para o hipócrita comportamento da União Europeia, que em Paris recebe com beijinhos à execrável Tzipi Livni ou que em Genebra, sob orientação do inefável Solana, se abstém na votação da Comissão dos Direitos Humanos, que condenou Israel por violação em massa desses direitos e a destruição sistemática de infra-estruturas na operação de Gaza, o mais que se pode dizer é que Pilatos não passava de um menino de coro face a estes “pardalões” que em Bruxelas nos governam e que têm o supremo descaramento de nos dar lições de moral a respeito deste ou daquele que lhes não faz o jogo!
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