terça-feira, 13 de janeiro de 2009

SOBRE A ENTREVISTA DE JARDIM



ALGIUNS ESCLARECIMENTOS

Contrariamente ao que sugere o comentário de JMV, não faço a defesa de Jardim nem tão-pouco o seu ataque nos termos habituais.
Limitei-me a apontar alguns factos, elementos objectivos, de fácil constatação e alguns comentários, esses sim subjectivos, sobre o que eu suponho poderia ser a reacção de uma parte do povo português face a uma candidatura de Jardim.
Jardim desperta muitas paixões e isso nem sempre permite ver com clareza o que se passa. Dois exemplos: 1) Na Baviera, o CSU ganhou todas as eleições desde a constituição da República Federal e sempre por maioria absoluta, salvo a última;estas vitórias são tidas em grande conta pela democracia cristã alemã, nomeadamente pela CDU, sem as quais não teria conseguido governar durante os muitos anos em que o fez e continua a fazer; 2) Em Castilla-La Mancha, o PSOE, com José Bono à frente, ganhou todas as eleições regionais, inclusive a última, já sem José Bono, e muitas legislativas.
Tanto num caso como noutro trata-se de vitórias que eleição após eleição se repetem e que tem vindo a ser indispensáveis para a governação dos cristãos democratas, na Alemanha, e – até à última eleição - dos socialistas, na Espanha; curiosamente, em ambos os casos as forças políticas vitoriosas são bem mais conservadoras do que aquilo a que se poderia chamar a “média nacional” dos partidos a que essas forças pertencem ou em cuja família se integram. Todavia, nenhum desses factos obsta a que, naqueles países, essas vitórias sejam apresentadas como símbolo de excelência da governação das respectivas regiões.
Jardim, porventura pelo seu estilo, foi diabolizado no Continente. Mas há que saber distinguir entre o folclore e a realidade. Toda a gente diz que há nepotismo na Madeira. E no Continente não há? Tanto a nível nacional como local? Diz-se que o crescimento da Madeira não é sustentado. E o do Continente sê-lo-á mais?
Infelizmente, não disponho de elementos fiáveis que me permitam ser mais objectivo. Acho que há muitos ódios, muitas paixões…e é somente contra isso que eu quero intervir

1 comentário:

João Manuel Vicente disse...

Aceito que esteja em causa tão-só uma constatação. E quanto à mesma, também corroboro a percepção de que o Dr. AJJ possa vir por aí, hoje e neste contexto, cortar a "manteiga" que nem "faca quente".

Apenas pretendi referir que - ressalvando o acesso, que não tive igualmente, a todos os dados estatísticos - na Madeira o "desenvolvimento" que se tenha feito não foi, nem tendencialmente, por igual nem ademais foi feito em relação no "material humano"; muito pelo contrário, a prioridade terá sido a do "betão" e das obras que, ouve-se por lá, já nem sequer se justificam num território com a dimensão da Madeira.

No mais, muito mais que a ilegalidade e que a anti-juridicidade, campeia por lá a amoralidade e um regime "para-sovietista" e não, pois, de (centro-)"direita", mas ao invés uma estrutura pré-totalitária, de intrusão do Estado Regional (leia-se PSD/M, leia-se AJJ) em todos os domínios, em todos os interstícios, nomeadamente com apropriação pelos poderes públicos de alguns meios de comunicação social, de clubes de futebol, com "condicionamentos" vários e ad libitum (leia-se, entregues ao arbítrio de AJJ) relativamente a todas as actividades que deveriam estar na "mão privada".

E que dirá de tudo isto a actual (e os anteriores) líderes do PSD, e o Dr. Garcia Pereira, e , e , e ??