OS NOSSOS NEOCONS RESISTEM
Por todo o lado se vem falando de muitas formas sobre o fim do Império. O declínio dos Estados Unidos como potência hegemónica é, cada vez mais, uma realidade do passado. Como já aqui dissemos uma vez, a dificuldade não está em constatar o facto. Qualquer observador desapaixonado o observa através de múltiplas facetas. O problema está em saber como vão os Estados Unidos reagir a esta inevitabilidade.
Não é somente Ahmadinejad que, entre os políticos, vaticina o fim do império americano; também Peer Steinbrück insuspeito líder do SPD, e ministro das Finanças de Angela Merkel, não tem dúvidas em afirmar: “Os EU perderão o seu estatuto como grande potência do sistema financeiro internacional”.
Mas Steinbrück disse ainda que o mundo não voltará a ser igual ao que existia antes da crise, criticou Washington pela sua negligência e recusou participar num plano de resgate semelhante ao Bush.
Num outro registo, George Soros, conhecido especulador e filantropo, não reconhece a Paulson idoneidade, nem competência para discricionariamente dispor de 700 mil milhões de dólares. Lembrou o passado recente do Secretário de Estado do Tesouro na negociação com a Fannie Mae e Freddie Mac que colocou o mercado imobiliário em pior situação do que a que estava e aduziu, por último, um argumento político de fundo: “ O que é que os contribuintes vão ganhar com o resgate do passivo dos bancos insolventes?” Soros acha que nem todos os bancos devem ser salvos…
Em Portugal, os nossos conhecidos neocons resistem…de vitória em vitória…
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