A BARBÁRIE NEOLIBERAL
Anteontem foram as gigantescas injecções de capitais na Fannie Mae e Freddie Mac, ontem foi o Lehman Brothers, hoje, se não lhe deitam a mão, é AIG, a maior seguradora do mundo.
Os arautos do neoliberalismo com assento na Reserva Federal Americana e na Secretaria de Estado do Tesouro aparecem de baraço ao pescoço sem saber como explicar ao mundo o que se está a passar.
Ainda há bem pouco tempo, eufóricos com a vitória, impunham o seu modelo a todos os que necessitavam do apoio das instituições financeiras internacionais. O FMI, grande sacerdote da ortodoxia neoliberal, garantia com a sua chancela que só poderiam beneficiar de fundos aqueles que se obrigassem a seguir à risca a cartilha do consenso de Washington. E todos o respeitavam: Banco Mundial, instituições da Comunidade Europeia e outros bancos regionais.
Por todo o lado se somavam vitórias com o imparável movimento de liberalização de capitais. Clinton, verdadeiro imperador dos tempos modernos, eliminava o défice americano e enchia os bolsos a Wall Street como nunca antes se vira, à custa de uma crise sem precedentes na Rússia, na maior parte das economias asiáticas e da América Latina, com catastrófica incidência na Argentina e prejuízos incalculáveis no Brasil.
Atordoados com o êxito, entraram num verdadeiro esquema D. Branca que ruiu como um baralho de cartas. É tempo de pôr cobro a esta verdadeira loucura que deixa o mundo à beira do abismo.
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