A ESPANHA: UMA EQUIPA EFICAZ SEM VEDETAS
A Itália foi eliminada, jogando como sempre joga. Mais correctamente: quase jogando como sempre joga.
O que impressiona no jogo dos italianos é a segurança defensiva. Nunca defendem com ansiedade e dão sempre ao adversário a ideia de que têm a situação controlada. Depois, há eficácia no passe. Nos lances longos, para o ataque, pode haver falhas, mas na zona defensiva e na parte intermédia do campo nunca há. Só uma equipa mentalmente muito forte lhes resiste. Desta vez a Itália não pôde contar com o seu habitual mortífero ataque. Seja por culpa do meia-ponta, seja por culpa do avançado, a verdade é que esta dupla que jogou contra a Espanha, tanto a que começou o jogo, como a que o acabou nunca foi capaz de criar, salvo numa jogada atípica, uma real situação de golo. Com Totti e Inzagui tudo seria certamente diferente…
A Espanha estava mentalmente bem preparada e tinha interiorizado a ideia de que ia pôr fim a um período quase secular de derrotas com a Itália em jogos oficiais. Venceu nas grandes penalidades, como poderia ter vencido durante o jogo. Apenas e só porque soube resistir mentalmente aos italianos.
Os espanhóis não têm uma grande equipa, nem grandes vedetas. Mas são sérios e disciplinados a jogar. Será suficiente?
Tudo depende de como se apresentar a selecção da Rússia. Se jogar como jogou nos dois últimos jogos, vencerá. E uma nova vedeta despontará no futebol mundial, ainda a tempo de disputar o título de melhor jogador do ano – ARSHEVIN.
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