O QUE HÁ DE NOVO NO PSD?
Depois do congresso do passado fim-de-semana, o PSD entrou em euforia. Aparentemente, nada o justifica. A nova presidente do partido não disse nada de novo. Apenas afirmou que doravante o PS teria de contar com o PSD, que a anterior situação a-ca-bou e que as enormes despesas com grandes obras públicas que se avizinham melhor fora que se gastem em acções de emergência social.
Porquê, então, tanto alarido se o que foi dito não passa de um simples lugar-comum de qualquer recém-eleito chefe de partido e se a segunda proposta é tão vaga que nem sequer se percebe bem o que a Senhora quer dizer?
A razão é simples: a gente do PSD e, segundo eles, parte significativa do eleitorado, vê por detrás das palavras de Ferreira Leite as palavras de Cavaco. Daí o entusiasmo. Se recuarmos um pouco no tempo, e regressarmos à campanha eleitoral para Presidente da República, certamente nos lembraremos das reticências de Cavaco ao TGV e ao novo aeroporto de Lisboa. É com esse ressuscitado programa que o “novo” PSD joga: com o programa de Cavaco.
Depois, vem a demagogia: O PSD vai governar para a classe média, para os mais pobres e ainda para os novos pobres. Quem fica, então, de fora? Os ricos e os muito ricos. Só que as propostas que começam a ser explicitadas, na sequência daquelas grandes máximas, logo desmentem este evangélico propósito.
Diz a nova presidente do PSD que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve deixar de ser universal. A seguir, corrige e diz que deve ser universal, mas não tendencialmente gratuito. E, depois, ainda esclarece melhor o que quer dizer, quando afirma que, quem pode, deve pagar, para que, quem não pode, tenha um serviço gratuito excelente.
Embora se não saiba por agora quem não paga, nem quanto vai pagar “quem pode pagar”, já SE pode ficar com a certeza de quem vai pagar duas vezes são os que pagam impostos. E os impostos em Portugal são pagos pela classe média e pelos remediados, logo não será certamente para estes que o PSD vai governar, na medida em que vai agravar ainda mais a sua já muito precária situação.
E como para os pobres nunca nenhum governo constitucional governou, já se percebeu para quem o PSD vai governar. Exactamente para os mesmos que o PS sempre favoreceu!
Se a nova presidente do PSD quisesse realmente marcar uma diferença relativamente à actual governação não deveria vir contestar as grandes obras públicas, mas antes o seu financiamento, a sua posterior exploração e a sua propriedade. É exactamente por esta via que o Governo PS se prepara para defraudar mais uma vez os portugueses. Mas, sobre este assunto, o “novo” PSD foi exactamente igual ao velho!
Depois do congresso do passado fim-de-semana, o PSD entrou em euforia. Aparentemente, nada o justifica. A nova presidente do partido não disse nada de novo. Apenas afirmou que doravante o PS teria de contar com o PSD, que a anterior situação a-ca-bou e que as enormes despesas com grandes obras públicas que se avizinham melhor fora que se gastem em acções de emergência social.
Porquê, então, tanto alarido se o que foi dito não passa de um simples lugar-comum de qualquer recém-eleito chefe de partido e se a segunda proposta é tão vaga que nem sequer se percebe bem o que a Senhora quer dizer?
A razão é simples: a gente do PSD e, segundo eles, parte significativa do eleitorado, vê por detrás das palavras de Ferreira Leite as palavras de Cavaco. Daí o entusiasmo. Se recuarmos um pouco no tempo, e regressarmos à campanha eleitoral para Presidente da República, certamente nos lembraremos das reticências de Cavaco ao TGV e ao novo aeroporto de Lisboa. É com esse ressuscitado programa que o “novo” PSD joga: com o programa de Cavaco.
Depois, vem a demagogia: O PSD vai governar para a classe média, para os mais pobres e ainda para os novos pobres. Quem fica, então, de fora? Os ricos e os muito ricos. Só que as propostas que começam a ser explicitadas, na sequência daquelas grandes máximas, logo desmentem este evangélico propósito.
Diz a nova presidente do PSD que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve deixar de ser universal. A seguir, corrige e diz que deve ser universal, mas não tendencialmente gratuito. E, depois, ainda esclarece melhor o que quer dizer, quando afirma que, quem pode, deve pagar, para que, quem não pode, tenha um serviço gratuito excelente.
Embora se não saiba por agora quem não paga, nem quanto vai pagar “quem pode pagar”, já SE pode ficar com a certeza de quem vai pagar duas vezes são os que pagam impostos. E os impostos em Portugal são pagos pela classe média e pelos remediados, logo não será certamente para estes que o PSD vai governar, na medida em que vai agravar ainda mais a sua já muito precária situação.
E como para os pobres nunca nenhum governo constitucional governou, já se percebeu para quem o PSD vai governar. Exactamente para os mesmos que o PS sempre favoreceu!
Se a nova presidente do PSD quisesse realmente marcar uma diferença relativamente à actual governação não deveria vir contestar as grandes obras públicas, mas antes o seu financiamento, a sua posterior exploração e a sua propriedade. É exactamente por esta via que o Governo PS se prepara para defraudar mais uma vez os portugueses. Mas, sobre este assunto, o “novo” PSD foi exactamente igual ao velho!
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