E AGORA, O QUE LHE RESTA?
Não há dúvida de que o discurso do PS em relação a Alegre mudou. Mais tarde ou mais cedo teria de acontecer, era apenas uma questão de tempo. Sócrates pode não ter lido os clássicos e pode não conhecer em pormenor as cisões, divergências e outras minudências que acompanham certa gente de esquerda no seu relacionamento com outra gente de esquerda, mas depressa compreendeu que Alegre caminhava para um beco sem saída. Por isso, deixou-o ir, deixou-o seguir o seu caminho. Aqui e além ainda vestiu a pele de bom samaritano, para partido ver, certo de que quanto mais condescendente fosse com Alegre mais ele se afastaria. E assim aconteceu.
Os “profissionais da política” logo que perceberam que Alegre, na sua contestação ao partido, não actuava em consonância com uma estratégia previamente traçada, mas antes subordinado a uma espécie de apelo moral, ditado por uma consciência de esquerda, que, se não se basta com o simples facto de se manifestar contra, fica, pelo menos, consideravelmente apaziguada.
Hoje, a ideia com que se fica é a de que Alegre, politicamente, está muito só. Dificilmente o Bloco o aceitará como independente nas suas listas, a menos que seja num distrito por onde não meteu ninguém. Mesmo assim, a inclusão de Alegre nas listas do Bloco causaria turbulência. Por outro lado, a possibilidade de Alegre arrancar com um partido é quase nula. Alegre não é um organizador e a colaboração de Roseta para esse efeito é insuficiente. Toda a gente do aparelho, ou não, que há quatro anos o apoiou, no PS, contra Sócrates, está hoje, mais do que nunca, com o secretário-geral. E não havendo a possibilidade de candidaturas à Assembleia da República promovidas por grupos independentes de cidadãos, as hipóteses de Alegre são quase nulas.
Quanto à Presidência…Bem, ninguém em Portugal, à esquerda, lá chega sem o apoio do PS.
Como se vê, o que está a passar-se não anda muito longe do que prevíramos aquando da realização do Forum das Esquerdas.
Os “profissionais da política” logo que perceberam que Alegre, na sua contestação ao partido, não actuava em consonância com uma estratégia previamente traçada, mas antes subordinado a uma espécie de apelo moral, ditado por uma consciência de esquerda, que, se não se basta com o simples facto de se manifestar contra, fica, pelo menos, consideravelmente apaziguada.
Hoje, a ideia com que se fica é a de que Alegre, politicamente, está muito só. Dificilmente o Bloco o aceitará como independente nas suas listas, a menos que seja num distrito por onde não meteu ninguém. Mesmo assim, a inclusão de Alegre nas listas do Bloco causaria turbulência. Por outro lado, a possibilidade de Alegre arrancar com um partido é quase nula. Alegre não é um organizador e a colaboração de Roseta para esse efeito é insuficiente. Toda a gente do aparelho, ou não, que há quatro anos o apoiou, no PS, contra Sócrates, está hoje, mais do que nunca, com o secretário-geral. E não havendo a possibilidade de candidaturas à Assembleia da República promovidas por grupos independentes de cidadãos, as hipóteses de Alegre são quase nulas.
Quanto à Presidência…Bem, ninguém em Portugal, à esquerda, lá chega sem o apoio do PS.
Como se vê, o que está a passar-se não anda muito longe do que prevíramos aquando da realização do Forum das Esquerdas.
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