CAIRÁ O PSOE NA TENTAÇÃO DE SE UNIR AO PP?
As coisas não estão fáceis no País Basco. O PNV (Partido Nacionalista Basco) que sempre governou Euskadi, desde a transição democrática, reforçou nas eleições de ontem a sua posição no Parlamento basco, passando de 29 para 30 deputados, todavia insuficientes para governar sem apoios num parlamento composto por 75 membros. Os votos dos restantes partidos nacionalistas (Aralar-4; EA-2; e EB-B-1) são insuficientes para assegurar a maioria (38 votos), contrariamente ao que sucedeu em 2005, onde, apesar dos 29 deputados eleitos, contava com a abstenção de 8 dos 9 votos do PCTV-EHAK (agora impedido de concorrer) e com o apoio de EB (3 votos) e de Aralar (1 voto), o que dava para superar os 33 votos dos partidos espanhóis (18 do PSE-EE e 15 do PP).
O PSE-EE registou uma subida acentuada tanto em deputados como em votos. Passou de 18 deputados para 24 e recolheu cerca de 41500 votos mais do que em 2005. O PP desceu em deputados e em votos. Passou de 15 para 13 deputados e perdeu cerca de 66 mil votos. Estes dois partidos, mais a UPyD (União de Progresso e Democracia, partido nacionalista espanhol de Rosa Díez, saído de uma cisão do PSOE) que em 2005 não elegeu qualquer deputado (aliás, ainda não existia), e agora elegeu 1, perfazem os 38 votos necessários para governar.
Se o Secretário-geral do PSE-EE, Patxi López, que parece ter liberdade (de Madrid) para se entender com quem quiser, continuar a afirmar que vai liderar a “mudança” no País Basco, isso só pode querer significar que ele se propõe governar com o apoio do PP e da UPyD, com ou sem coligação governamental. Esta hipótese, a concretizar-se, incendiará o País Basco, não apenas por se tratar de uma solução contra-natura (como explicar que dois partidos que se digladiam quase mortalmente em toda a Espanha se entendam no País Basco) e constituiria uma verdadeira “agressão política”ao PNV e demais partidos nacionalistas que não advogam a luta armada.
O PSOE, vítima das suas contradições, da sua tibieza e, em última instância do centralismo castelhano, está, contrariamente ao que se possa pensar, enredado numa teia que o PP lhe teceu e da qual não vai sair ileso, qualquer que seja a solução por que opte. Se deixar os bascos governar em minoria vai ficar sujeito a um implacável ataque do PP, que acabará por produzir os seus frutos nas regiões “espanholas” que o PSOE não domina, mas de cujos votos precisa para eleger os deputados que lhe têm permitido alcançar a maioria nas cortes. Se governar com o apoio do PP e da UPyD, vai seguramente perder muitos votos na Catalunha (onde é maioritário) e nas demais regiões onde tem mantido um diálogo com os nacionalistas moderados. Além de, em Madrid, ter de mudar de “aliado” para aprovar o próximo orçamento. Aliado que somente poderá ser a CiU (Convergencia y Union, da Catalunha), que se fará pagar bem caro.
O PSE-EE registou uma subida acentuada tanto em deputados como em votos. Passou de 18 deputados para 24 e recolheu cerca de 41500 votos mais do que em 2005. O PP desceu em deputados e em votos. Passou de 15 para 13 deputados e perdeu cerca de 66 mil votos. Estes dois partidos, mais a UPyD (União de Progresso e Democracia, partido nacionalista espanhol de Rosa Díez, saído de uma cisão do PSOE) que em 2005 não elegeu qualquer deputado (aliás, ainda não existia), e agora elegeu 1, perfazem os 38 votos necessários para governar.
Se o Secretário-geral do PSE-EE, Patxi López, que parece ter liberdade (de Madrid) para se entender com quem quiser, continuar a afirmar que vai liderar a “mudança” no País Basco, isso só pode querer significar que ele se propõe governar com o apoio do PP e da UPyD, com ou sem coligação governamental. Esta hipótese, a concretizar-se, incendiará o País Basco, não apenas por se tratar de uma solução contra-natura (como explicar que dois partidos que se digladiam quase mortalmente em toda a Espanha se entendam no País Basco) e constituiria uma verdadeira “agressão política”ao PNV e demais partidos nacionalistas que não advogam a luta armada.
O PSOE, vítima das suas contradições, da sua tibieza e, em última instância do centralismo castelhano, está, contrariamente ao que se possa pensar, enredado numa teia que o PP lhe teceu e da qual não vai sair ileso, qualquer que seja a solução por que opte. Se deixar os bascos governar em minoria vai ficar sujeito a um implacável ataque do PP, que acabará por produzir os seus frutos nas regiões “espanholas” que o PSOE não domina, mas de cujos votos precisa para eleger os deputados que lhe têm permitido alcançar a maioria nas cortes. Se governar com o apoio do PP e da UPyD, vai seguramente perder muitos votos na Catalunha (onde é maioritário) e nas demais regiões onde tem mantido um diálogo com os nacionalistas moderados. Além de, em Madrid, ter de mudar de “aliado” para aprovar o próximo orçamento. Aliado que somente poderá ser a CiU (Convergencia y Union, da Catalunha), que se fará pagar bem caro.
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