O PSE-EE INSISTE EM FORMAR GOVERNO
O secretário-geral dos socialistas bascos insiste em formar governo, apesar da forte oposição do PNV, que se considera com o direito de governar, como partido mais votado que é.
Patxi López diz agora que o PNV não é o regime, nem a religião de Euskadi e que aquele partido deve habituar-se às derrotas e à alternância.
Só que a história, como se sabe, é muito outra: os partidos bascos de esquerda foram proibidos de concorrer, entre eles o PCTV-EHAK, que nas últimas eleições elegeu 9 deputados; os votos nulos (votos de protesto) davam para eleger cerca de 10 deputados; e, finalmente, o PSE-EE só pode governar com o apoio do PP e do partido nacionalista de Rosa Díez (UPyD).
O PP, que nem sequer encara outra hipótese que não seja retirar os bascos do governo da região, disse também que para contar com o seu apoio é preciso negociar.
O PNV, o partido da burguesia basca, recolhendo embora, obviamente, apoios eleitorais que vão muito para além daquela matriz, perante aquele quadro parlamentar, vai seguramente radicalizar-se, quanto mais não seja para não deixar alastrar ainda mais a influência dos nacionalistas de esquerda. Dai que, por um ou outro lado, ou por ambos, a situação no Pais Basco tenda a agravar-se e muito.
Face àquela inacreditável coligação, meramente parlamentar ou de governo, depois se verá, bem se pode perguntar se o problema territorial em Espanha assume uma tão grande importância que relega para segundo plano divergências políticas profundas e ancestrais ou, se pelo contrário, estamos perante um típico caso de oportunismo político.
Arriscando, sempre diria, como dizem os bascos, “que não há nada mais parecido com um espanhol de direita do que um espanhol de esquerda”.
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