Oriundo de um estrato social que nada tinha de popular, o Sporting foi durante muitos anos governado por uma aristocracia. Independentemente de os que governavam o Sporting no Conselho dos 500 serem efectivamente "os melhores", o que parece não haver dúvidas é que não se tratava de uma governação oligárquica, já que não era em benefício dos próprios que essa governação era feita. Foi com a governação aristocrática que o Sporting obteve os melhores resultados desportivos da sua história.
Muito depois do 25 de Abril, por pressão de uma nova composição social da sua massa associativa, o Sporting foi forçado a abandonar a forma aristocrática de governo e a substitui-la pela democrática. Com a qual sempre conviveu mal. Como notoriamente se depreendeu das palavras do seu actual presidente numa recente entrevista televisiva.
No sábado passado, tanto quanto se percebe das notícias vindas a público, o Sporting cortou no essencial com a democracia e prepara-se para enveredar por uma governação que aparentemente se aproxima do “centralismo democrático”. O tempo dirá se a evolução será neste sentido ou se será antes um regresso às velhas formas aristocráticas de governo.
Muito diferente da situação do Sporting é a do Benfica que, tendo uma origem genuinamente popular e uma longa prática de governação democrática - tanto durante a ditadura (sempre, desde Cosme Damião, houve mais que um candidato a eleições e sempre o essencial da vida do clube foi decidido em Assembleia Geral), como posteriormente ao 25 de Abril -, vive hoje uma farsa de democracia, patenteada na arrogância, no autoritarismo e falta de respeito pelas opiniões diferentes permanentemente presentes na governação do seu presidente. No Benfica, a falta de democracia corre a par com o declínio do clube e arrasta-o inexoravelmente para um triste fim.
Já o Porto sempre se deu bem com a ditadura como forma de governo, tendo sido francamente desastrosas as poucas experiências democráticas por que passou. O grande problema da ditadura é o ditador nunca tem sucessor…
Muito depois do 25 de Abril, por pressão de uma nova composição social da sua massa associativa, o Sporting foi forçado a abandonar a forma aristocrática de governo e a substitui-la pela democrática. Com a qual sempre conviveu mal. Como notoriamente se depreendeu das palavras do seu actual presidente numa recente entrevista televisiva.
No sábado passado, tanto quanto se percebe das notícias vindas a público, o Sporting cortou no essencial com a democracia e prepara-se para enveredar por uma governação que aparentemente se aproxima do “centralismo democrático”. O tempo dirá se a evolução será neste sentido ou se será antes um regresso às velhas formas aristocráticas de governo.
Muito diferente da situação do Sporting é a do Benfica que, tendo uma origem genuinamente popular e uma longa prática de governação democrática - tanto durante a ditadura (sempre, desde Cosme Damião, houve mais que um candidato a eleições e sempre o essencial da vida do clube foi decidido em Assembleia Geral), como posteriormente ao 25 de Abril -, vive hoje uma farsa de democracia, patenteada na arrogância, no autoritarismo e falta de respeito pelas opiniões diferentes permanentemente presentes na governação do seu presidente. No Benfica, a falta de democracia corre a par com o declínio do clube e arrasta-o inexoravelmente para um triste fim.
Já o Porto sempre se deu bem com a ditadura como forma de governo, tendo sido francamente desastrosas as poucas experiências democráticas por que passou. O grande problema da ditadura é o ditador nunca tem sucessor…
1 comentário:
P'ra este peditório, já dei.
Não vale a pena gastar cera com tais defuntos.
Que pena misturar coisas tão sérias com questões menores...
É que falar da futebolite, aqui, contribui para nos alienarmos do que tão bem vem reflectido a montante e a jusante.
E não devemos voltar aos 3 fff.
Pintinho: assuntos sérios não faltam ...
Um abraço
CA
Enviar um comentário