QUE MUDANÇA?
Quando aqui há dias descritivamente referimos a nova equipa económica de Obama não fizemos qualquer comentário ao sentido político das escolhas.
Olhando aos nomes, somos forçados a concluir que Obama, mais uma vez, se inspirou na administração Clinton, escolhendo pessoas que já tinham trabalhado com o anterior Presidente democrata ou que nunca se demarcaram dessa política económica nem na de Bush, como acontece com o novo secretário do tesouro.
Pode dizer-se, como dizem certos assessores de Obama, encarregados de “condicionar a opinião pública” que aquelas pessoas mudaram muito e que, inclusive, estão dispostas a não repetir os erros do passado e a pôr em prática uma nova política económica, como se comprova pelo plano anti-crise a aplicar imediatamente.
Todavia, a questão que se coloca é a seguinte: se o objectivo é pôr em prática uma nova política por que não escolher pessoas que nunca tenham estado comprometidas com as do passado?
Com H. Clinton na secretaria de estado, com Robert Gates na defesa, só falta mesmo lá o Allan Greenspan, que até já fez um acto de contrição pública muito semelhante a certas auto-críticas já vistas noutras paragens.
Como diria, traduzido para português, o humorista americano Frank Caliendo: mudança ou trocos?
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