E POR CÁ, COMO VAI SER?
Como se previa, as cumplicidades no sequestro de prisioneiros começam a ser desvendadas.
O El País de hoje, com base num relatório secreto a que teve acesso, noticia a conivência de Aznar na passagem e escala em Espanha de voos militares americanos com prisioneiros para a base de Guantánamo. Ainda segundo aquele relatório, era a própria embaixada americana em Madrid que pedia ao governo espanhol autorização para aquelas escalas.
E por cá, como foi? Será que eles passaram sem pedir autorização a ninguém? Mas que desconsideração …
ADITAMENTO
O relatório, muito secreto, do Ministério das Relações Exteriores de Espanha diz que diligências idênticas às de Madrid estavam sendo feitas noutros países situados ao longo da rota que os aviões iriam fazer. E que o El País identifica como sendo, pelo menos, a Turquia, a Itália e Portugal.
A ser assim, alguém no MNE terá sido contactado. Será que esse alguém escreveu alguma nota sobre o assunto? Ou será que o contactado dispensaria pela sua posição a elaboração de uma nota?
O que é interessante é o tratamento burocrático que os americanos fizeram do assunto. Não foi o Embaixador que pediu uma entrevista ao Ministro. Foi o conselheiro político-militar da embaixada que telefonou directamente ao Director-Geral de Política Externa para a América do Norte e lhe pediu uma audiência urgrente.
Se tiver havido paralelismo de actuação, já haveria aqui elementos para uma boa investigação. Haveria...porque em Portugal nada é como parece ser.
Para complicar ainda mais as coisas: o relatório que o El País publica é de 10 de Janeiro de 2002 e o primeiro voo de prisioneiros terá passado no espaço aéreo português no dia seguinte.
O Governo de Durão Barroso tomou posse no dia 19 de Abril de 2002. Logo...
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