ALGUNS PROCEDIMENTOS BUROCRÁTICOS Na China e respectivos territórios autónomos ou zonas económicas especiais, todas a pessoas que entram nos respectivos territórios preenchem um boletim sanitário: identificação, idade, nacionalidade, procedência (países visitados nos últimos 15 dias), morada e relação dos sintomas da gripe A, para resposta afirmativa ou negativa. Segundo as autoridades, este documento tem-lhes permitido, nos casos em que se detectou o vírus da gripe ou simples suspeita de contágio, actuar preventivamente sobre todas as pessoas que mais em contacto estiveram com o contagiado ou suspeito, colocando-as inclusive em regime de quarentena. Descontados os direitos que na nossa Europa permitem ao doente contagiar os demais, que, pelos vistos, são juridicamente incontornáveis, e mesmo tendo em conta o espaço Shengen, não seria aconselhável que quem entra no espaço da União preenchesse um documento idêntico, que permitisse às autoridades sanitárias conhecer mais facilmente o rastro do vírus e actuar em conformidade. Evidentemente, que o boletim sanitário pode ser preenchido com falsidade, embora quem o faça incorra em sanções, mas deixar tudo à diligência do cidadão (telefonema para a linha de saúde pública) não será, num caso destes, excessivo? Certamente, que haverá mil e um argumentos para demonstrar a inutilidade do preenchimento daquele formulário (em Portugal isso acontece em relação a tudo o que não se faz), mas quando vejo alguns países a actuar preventivamente através de medidas excepcionais, interrogo-me sempre sobre se esses países não terão previamente avaliado as vantagens e desvantagens de tais procedimentos. E se essa avaliação deve ser pura e simplesmente desprezada pelos demais. |
terça-feira, 19 de maio de 2009
GRIPE
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1 comentário:
1. Um boletim sanitário, nesta fase da gripe, é um instrumento potencialmente útil para a localização e acompanhamento de viajantes regressados. Não vejo em que possa ser lesivo das liberdades individuais.
2. Com o actual número de casos, a quarentena parece-me uma medida excessiva, com uma relação muito duvidosa de custo-benefício.
3. Se vier a haver uma pandemia de vasta dimensão numérica, nada disto faz sentido, porque deixa de se poder olhar em particular para o México, EUA e Canadá. Teria de se controlar todos os milhões de passageiros diários, viessem de onde viessem.
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