O ENCONTRO COM NETANYAHU
Como se previa, o encontro de Obma com o Primeiro Ministro israelita, apesar da sua inusitada duração, reforça a convicção de que entre as duas partes há consideráveis divergências sobre a forma de encarar o problema do Médio Oriente.
Enquanto do lado da nova administraçao americana, pelo menos ao nível do discurso, há uma preocupação em dar resposta algumas das mais elementares reivindicações palestianas, sem a satisfação das quais dificilmente se atenua o clima de hostilidade árabe e muçulmano face aos Estado Unidos e ao Ocidente em geral, do lado israelita o objectivo é sempre o mesmo: inventar pretextos, acentuar divergências e eliminar quem possa vir a fazer frente à sua hegemonia na área, com o objectivo de manter ou até agravar, a qualquer preço, o actual status quo.
Como aqui já tinhamos referido, agora é o Irão e a sua bomba atómica, como antes foi o Iraque e as armas de destruição em massa, ou qualquer outro.
Que a posição de Israel se não alterou, demonstra-o amplamente o facto de nas conversações de ontem, em Washington, o Primeiro Ministro israelita nunca ter falado de um Estado palestiniano independente, nem no desmantelmento dos colonatos.
O conflito do Médio Oriente é a prova de fogo de Obama. Veremos como reage. Se claudicar, como muitos já vaticinam, a sua administração será apenas mais uma administração americana.
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