sexta-feira, 29 de maio de 2009

ROUBALHEIRA? MAS QUEM É ROUBADO?


O BPN NA CAMPANHA DO PS

Ontem à noite, na campanha do PS, o cabeça de lista, discursando sobre o BPN disse que o que se passou no banco foi uma autêntica roubalheira, que economia foi utilizada para efeitos criminosos, salientando o facto de toda aquela gente ou a maior parte dela ser constituída por figuras gradas do PSD.
A seguir houve logo muito ruído: uns, com amigos no Banco ou na SLN, demarcaram-se, porque não gostaram da linguagem (ou seja, não se manifestam sobre se houve ou não roubalheira, agora o que não concordam é que, se porventura houve, se chame roubalheira ao acto de roubar organizada e continuadamente); outros ainda, choca-lhes a displicência de quem dentro do PS se não revê naquela linguagem; e, finalmente, a gente do PSD, a começar pela sua presidente, exprime a sua indignação pela indignidade das palavras proferidas e exigem que Sócrates se demarque.
Para além de outras questões menores, que podem ser abordadas à parte, como a condução da campanha do PS, o que verdadeiramente sobressai de toda esta incrível conversa é a extraordinária falta de pudor de todos eles. Dos que lá estavam dentro e fizeram o que se sabe, e dos que estavam cá fora e que na hora da verdade acudiram aos que estavam lá dentro à custa de milhares de milhões a pagar pelos contribuintes!
Então, se é tudo uma roubalheira como se compreende que o Governo, em nome do Estado, vá lá meter o nosso dinheiro para tapar os buracos deixados pela roubalheira?
Estas frases sonantes, desligadas de quaisquer consequências práticas, proferidas depois de consumados os actos, não querem realmente dizer nada e somente servem para enganar os incautos que de boa fé acreditam que a denúncia tem o efeito prático de fazer reverter para os cofres do Estado o que lá já foi enterrado.

2 comentários:

aminhapele disse...

Bem,caro amigo,nem tudo foi mau!
VM,ao utilizar aquela linguagem,ganhou um apoio de peso:o do inefável Dr.Lello!
Com tal apoio,tem duas hipóteses:ou dá quatro saltos para a frente ou desiste,invocando objecção de consciência.

Anónimo disse...

Meu Caro

Afinal, isto da política tem mesmo muito que se lhe diga. E a conclusão que à distância de 30 e tal anos se retira é a de que o PCP era mesmo uma grande máquina.
Os ex,julgados vedetas, soltos e descontextualizados, entregues a si próprios, só cometem asneiras. Ou seja, não aprenderam nada!
E, como prémio do insucesso escolar, sai-lhes o Lello na rifa
Anos 60- Coimbra