domingo, 10 de maio de 2009

OBAMA E O DISCURSO DE CHICAGO


OPORTUNIDADE PARA FAZER COINCIDIR O DITO COM O FEITO

Em 2 de Outubro de 2002, Barack Obama, então apenas senador do estado de Illinois, pronunciou em Chicago um célebre discurso contra a anunciada invasão do Iraque pelas tropas norte-americanas, que Bush, como se sabe, viria a concretizar meses mais tarde, em Março de 2003.
Nesse discurso, Obama manifestou-se violentamente contra a guerra, não por se opor a todas as guerras, mas por aquela ser uma guerra estúpida e injusta.
E deixou a Bush um interessante elenco de sugestões para outros combates muito mais dignos.
Entre as sugestões referidas, conta-se esta: “Quer uma luta, presidente Bush? Lutemos para que os nossos supostos aliados no Médio Oriente – os sauditas e os egípcios – deixem de oprimir o seu próprio povo, de suprimir os dissidentes, de tolerar a corrupção e a desigualdade, de gerir as suas economias de forma ruinosa e de fazer com que os jovens desses países cresçam sem educação, sem perspectivas, sem esperança, prontos a ser recrutados por células terroristas”.
Quase sete anos volvidos, o Egipto será o país que o Presidente dos Estados-Unidos, Barack Obama, escolherá para dirigir ao mundo islâmico um discurso de apaziguamento. Antes da partida receberá em Washington Hosni Mubarack, presidente do Egipto há mais de trinta anos e actualmente muito empenhado em transmitir o poder ao seu filho.
Espera-se que neste discurso a realizar no “coração do mundo árabe”, Obama se não esqueça do discurso de Chicago, se realmente quer assegurar a credibilidade da nova administração americana junto do povo árabe e dos islamistas em geral.

1 comentário:

JVC disse...

Zé, a nossa "velhice" leva-nos a uma "pureza" que nos dá orgulho e bons sonhos, mas, é pá!, ainda vivemos antes muitos anos sabendo lidar com a "real politik"!

Estou a brincar. A sério, embora muita gente possa pensar que este "a sério" é patetice irrealista, exactamente porque já mostrámos as nossas credenciais de experiência de vida real, porque já estamos numa idade de independência e de vida tranquila, eu diria, minha obsessão filosófica, de felicidade epicurista, é que podemos escrever o que escreveste, ou assinar como eu assino os meus mails:

"C'est bien plus beau lorsque c'est inutile!"