É praticamente impossível que o lance do golo anulado ao Benfica no jogo de segunda-feira à noite contra o Nacional se tenha devido a um simples erro do árbitro ou ao critério por ele usado na interpretação da lei.
Erro não foi. O árbitro estava perto do lance e ele próprio, para que não houvesse dúvidas, primeiro por gestos e depois por palavras, se encarregou de explicar que o jogador que estava no chão tocou a bola com a mão, alterando a trajectória da bola.
É uma explicação que se aceita e eu até concordo com ela, mediante uma simples adenda, apesar das leis do International Board dizerem expressamente que somente há falta se houver a intenção de jogar a bola com a mão. Todavia, como é muito difícil aferir da intencionalidade do agente, mesmo no decurso de um julgamento, muito mais o será num jogo de futebol em que o juiz tem de decidir no momento com base no que vê. Por isso, aceita-se que um árbitro perfilhe como critério de interpretação da lei o princípio de que sempre que a bola toque no braço ou não mão haverá falta, desde que o braço não esteja completamente junto ao corpo. Dito de outra maneira: só não haverá falta se o braço estiver colado ao corpo, de tal modo que a bola se não batesse no braço bateria no corpo e sempre a sua trajectória seria alterada no mesmo sentido.
Não posso afirmar, apesar de ter visto a jogada várias vezes, que o jogador do Benfica que estava caído no chão tivesse braço completamente junto ao corpo. Pareceu-me que tinha, no momento em que a bola lhe bate, mas não tenho a certeza.
Vamos então admitir que o árbitro teve no instante, porventura por estar mais perto do lance, a certeza que eu não tenho, marcando consequentemente a respectiva falta.
Mas se este é o critério de interpretação que o árbitro usa como se pode explicar que um ou dois segundos antes ele não tenha marcado falta (penalty) por um jogador do Nacional ter alterado com a mão dentro da área a trajectória de uma bola jogada por um jogador do Benfica?
Não há outra explicação: o árbitro fez batota. E pior ainda: vai ficar impune por nada se provar...
Erro não foi. O árbitro estava perto do lance e ele próprio, para que não houvesse dúvidas, primeiro por gestos e depois por palavras, se encarregou de explicar que o jogador que estava no chão tocou a bola com a mão, alterando a trajectória da bola.
É uma explicação que se aceita e eu até concordo com ela, mediante uma simples adenda, apesar das leis do International Board dizerem expressamente que somente há falta se houver a intenção de jogar a bola com a mão. Todavia, como é muito difícil aferir da intencionalidade do agente, mesmo no decurso de um julgamento, muito mais o será num jogo de futebol em que o juiz tem de decidir no momento com base no que vê. Por isso, aceita-se que um árbitro perfilhe como critério de interpretação da lei o princípio de que sempre que a bola toque no braço ou não mão haverá falta, desde que o braço não esteja completamente junto ao corpo. Dito de outra maneira: só não haverá falta se o braço estiver colado ao corpo, de tal modo que a bola se não batesse no braço bateria no corpo e sempre a sua trajectória seria alterada no mesmo sentido.
Não posso afirmar, apesar de ter visto a jogada várias vezes, que o jogador do Benfica que estava caído no chão tivesse braço completamente junto ao corpo. Pareceu-me que tinha, no momento em que a bola lhe bate, mas não tenho a certeza.
Vamos então admitir que o árbitro teve no instante, porventura por estar mais perto do lance, a certeza que eu não tenho, marcando consequentemente a respectiva falta.
Mas se este é o critério de interpretação que o árbitro usa como se pode explicar que um ou dois segundos antes ele não tenha marcado falta (penalty) por um jogador do Nacional ter alterado com a mão dentro da área a trajectória de uma bola jogada por um jogador do Benfica?
Não há outra explicação: o árbitro fez batota. E pior ainda: vai ficar impune por nada se provar...
3 comentários:
Vim até aqui... vi uma listagem de grandes vultos da nossa cultura, um site bem construído e, afinal, o que se discute... é um erro de um árbitro, logo qualificado de batoteiro. Este espaço promete mais e vejo nele - a aqui voltarei para outras opiniões já escritas ou a escrever - uma aptidão mais vasta... Puxa, nem uma palavrinha sobre o que apitou contra a Naval e que deu 3 pontinhos que podem ser decisivos... mas nem disso quero saber...
Sugestão: criação de outro blogue para futebol, deixando este para outros temas.
Simples sugestão, repito...
Declaração de interesses: sou portista e - reafirmo - muito amigo do CORREIA PINTO.
Já lho disse a outros propósitos: "gosto muito da tua POLITEIA, não gosto nada da tua FUTEBOLTEIA"...
É que o futebol obnubila-nos o pensamento...
Depois, sendo POLITEIA um excelente blogue de análise politico-social, sempre baseado em critérios de um racionalismo seguro, não liga vir, de vez em quando, a futebolite aguda, baseada na emoção.
Portanto, estou plenamente de acordo com o comentário anterior.
Zé Manel, deixa lá o Benfica para as conversas de café ...
POLITEIA NÃO CONSENTE MISTURAS COM REALIDADES MUITO COMPLEXAS ...
Gostaria apenas de esclarecer para não parecer um comentário clandestino que o meu cives et polis está, de momento, exclusivamente sediado em http://cives.blogs.sapo,pt
Estará aqui se e logo que tenha um pouco mais de conhecimentos de templates e ferramentas a utilizar.
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