A actual direcção do FMI, menos ligado à ortodoxia monetarista do que suas antecessoras, não tem dúvidas em aconselhar o aumento das despesas públicas pela via do investimento público como meio adequado para combater a crise.
O FMI, pela voz do seu economista chefe, Olivier Blanchard, vai mesmo ao ponto de afirmar que, se nada se fizer ou se o que for feito não for suficiente, se cairá numa grande depressão.
A via proposta pelo FMI pode ser a mais adequada para os chamados países ricos, mas para países como Portugal, de rendimento intermédio e com grandes desigualdades, os receios invocados relativamente à baixa de impostos não têm razão de ser, contanto que o Estado apenas baixe os impostos directos e esse benefício reverta exclusivamente a favor das classes com rendimentos baixos e médios. Como estes rendimentos são, em termos absolutos, muito baixos não se corre o risco de os beneficiários aforrarem o que deixam de pagar ao Estado. Vão seguramente gastá-lo, sobreendividados como estão.
Por outro lado, é preciso não esquecer que os investimentos públicos, se forem grandes, tardam a produzir efeitos. É preciso cortar alguns grandes e fazer vários pequenos.
E relativamente aos grandes é necessário dar prioridade àqueles que mais possam contribuir para combater a crise, tendo sempre presente que da crise só se sai, ou se evita uma situação ainda pior do que a que já existe, pela via do relançamento da procura.
Actuando assim atender-se-á às pessoas, em primeira linha, e combater-se-á eficazmente a crise. Se o Governo apenas estiver interessado nas empresas, melhor: nalgumas empresas não vai conseguir relançar a procura...embora vá certamente encher os bolsos dessas empresas....
Mas é certamente pedir demais a um governo como o nosso que esteja preocupado com quem trabalha. Um governo que ostenta o invejável troféu de ter aprovado uma norma do Código do Trabalho rejeitada por todas as forças politicas e por todos os juízes do Tribunal Constitucional
A favor somente os amigos do Governo: a CIP, as demais organizações patronais e os patrões que defendem que a competitividade da economia portuguesa apenas se consegue pela eliminação dos direitos de quem trabalha e consequente sobreexploração.
O FMI, pela voz do seu economista chefe, Olivier Blanchard, vai mesmo ao ponto de afirmar que, se nada se fizer ou se o que for feito não for suficiente, se cairá numa grande depressão.
A via proposta pelo FMI pode ser a mais adequada para os chamados países ricos, mas para países como Portugal, de rendimento intermédio e com grandes desigualdades, os receios invocados relativamente à baixa de impostos não têm razão de ser, contanto que o Estado apenas baixe os impostos directos e esse benefício reverta exclusivamente a favor das classes com rendimentos baixos e médios. Como estes rendimentos são, em termos absolutos, muito baixos não se corre o risco de os beneficiários aforrarem o que deixam de pagar ao Estado. Vão seguramente gastá-lo, sobreendividados como estão.
Por outro lado, é preciso não esquecer que os investimentos públicos, se forem grandes, tardam a produzir efeitos. É preciso cortar alguns grandes e fazer vários pequenos.
E relativamente aos grandes é necessário dar prioridade àqueles que mais possam contribuir para combater a crise, tendo sempre presente que da crise só se sai, ou se evita uma situação ainda pior do que a que já existe, pela via do relançamento da procura.
Actuando assim atender-se-á às pessoas, em primeira linha, e combater-se-á eficazmente a crise. Se o Governo apenas estiver interessado nas empresas, melhor: nalgumas empresas não vai conseguir relançar a procura...embora vá certamente encher os bolsos dessas empresas....
Mas é certamente pedir demais a um governo como o nosso que esteja preocupado com quem trabalha. Um governo que ostenta o invejável troféu de ter aprovado uma norma do Código do Trabalho rejeitada por todas as forças politicas e por todos os juízes do Tribunal Constitucional
A favor somente os amigos do Governo: a CIP, as demais organizações patronais e os patrões que defendem que a competitividade da economia portuguesa apenas se consegue pela eliminação dos direitos de quem trabalha e consequente sobreexploração.
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