A perda do poder tem um efeito traumático por mais que os directamente atingidos digam o contrário. Nada melhor para ilustrar a falsidade de certos estados de alma do que a famosa frase de Soares quando Eanes o exonerou: “Sinto-me como um passarinho fora da gaiola!”.
Também Jacques Chirac, que fez um longo percurso politico desde os tempos em que De Gaulle o pôs no Ministério das Finanças, salvo erro como Secretario de Estado da Economia, a vigiar Giscard d’ Estaing, até Presidente da República, experimentou esse mesmo sentimento quando viu politicamente inviabilizada a possibilidade de um terceiro mandato; mal deixou o Eliseu, caiu numa depressão, que os mais próximos se esforçam por negar, e que somente foi atenuada com a altíssima distinção com que a Federação Russa recentemente o agraciou, aliás a justo título.
Mais recentemente, Clinton fez tudo o que estava ao seu alcance para voltar ao poder, ainda que partilhado. Vai ter de contentar-se com um ersatz, apesar de tudo bem visível.
Estou certo de que com Jorge Sampaio se passa o mesmo. Desde que saiu de Belém, Sampaio tem procurado tudo o que lhe possa dar alguma visibilidade, algo que lhe permita passar a mensagem, mesmo que inconscientemente procurada, de que ainda está vivo.
E vai intervindo, primeiramente foi-o fazendo naquele seu estilo redondo e distanciado de falar sem dizer nada, deixando sempre subentendido que poderia ser mais preciso; depois, cumprido que estava o tempus lugendi, de uma forma mais clara, foi marcando algumas distâncias relativamente à politica do Governo, como meio mais inteligente de se posicionar contra Cavaco.
Sampaio, como toda a gente, já percebeu que Cavaco não goza da estima de uma parte considerável do eleitorado e que a esquerda só o respeita nos limites do juridicamente exigível. O que é muito pouco para um Presidente da República. Por outro lado, sucessos recentes só podem agravar este relacionamento.
É certo que Sócrates com maioria absoluta não se preocupa por ai além com Cavaco, como se está a ver. Mas o que nem Sócrates nem Sampaio neste momento sabem é se o PS vai repetir a maioria absoluta. Por isso, é bom que Sampaio se vá posicionando para o que der e vier...
Também Jacques Chirac, que fez um longo percurso politico desde os tempos em que De Gaulle o pôs no Ministério das Finanças, salvo erro como Secretario de Estado da Economia, a vigiar Giscard d’ Estaing, até Presidente da República, experimentou esse mesmo sentimento quando viu politicamente inviabilizada a possibilidade de um terceiro mandato; mal deixou o Eliseu, caiu numa depressão, que os mais próximos se esforçam por negar, e que somente foi atenuada com a altíssima distinção com que a Federação Russa recentemente o agraciou, aliás a justo título.
Mais recentemente, Clinton fez tudo o que estava ao seu alcance para voltar ao poder, ainda que partilhado. Vai ter de contentar-se com um ersatz, apesar de tudo bem visível.
Estou certo de que com Jorge Sampaio se passa o mesmo. Desde que saiu de Belém, Sampaio tem procurado tudo o que lhe possa dar alguma visibilidade, algo que lhe permita passar a mensagem, mesmo que inconscientemente procurada, de que ainda está vivo.
E vai intervindo, primeiramente foi-o fazendo naquele seu estilo redondo e distanciado de falar sem dizer nada, deixando sempre subentendido que poderia ser mais preciso; depois, cumprido que estava o tempus lugendi, de uma forma mais clara, foi marcando algumas distâncias relativamente à politica do Governo, como meio mais inteligente de se posicionar contra Cavaco.
Sampaio, como toda a gente, já percebeu que Cavaco não goza da estima de uma parte considerável do eleitorado e que a esquerda só o respeita nos limites do juridicamente exigível. O que é muito pouco para um Presidente da República. Por outro lado, sucessos recentes só podem agravar este relacionamento.
É certo que Sócrates com maioria absoluta não se preocupa por ai além com Cavaco, como se está a ver. Mas o que nem Sócrates nem Sampaio neste momento sabem é se o PS vai repetir a maioria absoluta. Por isso, é bom que Sampaio se vá posicionando para o que der e vier...
3 comentários:
ÚLTIMA HORA:
COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
21:00h, 5 de Dezembro de 2008
1 – Chegou hoje ao fim o processo de negociação das medidas tomadas pelo Governo no dia 20 de Novembro para facilitar a avaliação do desempenho dos professores.
2 – Os sindicatos, neste processo, não apresentaram qualquer alternativa ou pedido de negociação suplementar, pelo que o ME dá por concluídas as negociações, prosseguindo a aprovação dos respectivos instrumentos legais.
3 – O ME, mantendo a abertura de sempre, respondeu positivamente à vontade dos sindicatos, expressa publicamente, de realização de uma reunião sem pré-condições, isto é, sem exigência de suspensão da avaliação até aqui colocada pelos sindicatos. Foi por isso agendada uma reunião para o dia 15 de Dezembro, com agenda aberta.
4 – Os sindicatos foram informados que o ME não suspenderá a avaliação de desempenho que prossegue em todas as escolas nos termos em que tem vindo a ser desenvolvida.
Mário Nogueira, dadas as suas declarações nos telejornais d ehoje à noite, é um mentiroso compulsivo e não pode ser um parceiro fiável para nada!
MFerrer
Independentemente do mérito do comentário de MFerr, ele é exemplo de coisas que um mínimo de "netetiqueta" devia proibir. O que é que o comentário tem a ver com o "post"? Há quem esteja a parasitar os blogues, aproveitando a possibilidade de comentários para difundir as suas próprias mensagens. Afinal, "copy and paste" é muito fácil e dá para pôr ovos de cuco em dezenas de blogues. No meu não, que tenho moderação.
Por acaso reparei que ese senhor MFerrer andou a põr ovos por vários cestos..."quem feio ama..."
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