sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

UMA NOTA SOBRE O BALLON D'OR

O PALMARÉS DE EUSÉBIO

O “Ballon d’Or”, que Cristiano Ronaldo acabou de ganhar, foi instituído em 1956, por Gabriel Hanot, para premiar melhor jogador europeu da temporada, eleito à época por críticos e comentadores desportivos dos países inscritos na UEFA, igualmente recém-criada. Mais tarde, em 1995, o troféu passou a premiar o melhor jogador do ano ao serviço de equipas europeias, qualquer que fosse a sua nacionalidade. Somente a partir de 2007 passou a premiar o melhor jogador do ano independentemente do clube e do continente onde joga.
Actualmente, a escolha é feita por um júri internacional, composto por um jornalista de cada país europeu e de cada não europeu que tenha participado, pelo menos, uma vez no campeonato do mundo, a partir de ma short list de 50 nomes seleccionados pela redacção do France Football. Cada membro do júri escolhe cinco nomes, que gradua, segundo a sua avaliação, de 5 a 1.
O primeiro vencedor foi o lendário Stanley Matthews do Blackpool F C. Cryff, Platini e Van Basten foram os únicos que ganharam o troféu por três vezes.
Eusébio, que iniciou a sua carreira europeia na época de 1961/62, foi logo votado em 1961, apesar de apenas ter realizado 3 ou 4 jogos nesse ano. Depois, a partir de 1962, ano em que foi segundo, atrás do checoslovaco Masopust, até 1973 foi sempre votado com excepção dos anos de 1969 e 1971. Em 1965 foi considerado o primeiro por larga margem e em 1966 perdeu por um ponto para Bobby Charlton, apesar de ter feito um campeonato do mundo extraordinário. À época os membros do júri podiam votar nos jogadores do seu próprio país e então aconteceu que o jornalista português, Couto dos Santos, do Mundo Desportivo, membro do júri, não escolheu Eusébio, exactamente no ano em que ele foi unanimemente idolatrado em Portugal por todos os adeptos de futebol.
Já não me recordo se tão interessante decisão se ficou a dever a paixão clubista (daí Eusébio dizer que não gosta de certo clube) ou a razões de outra ordem, mas o certo é que ela privou Eusébio de um troféu que inteiramente merecia.

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