O CONSELHO EUROPEU QUE TUDO VAI ADIAR
Não se percebe muito bem se por ingenuidade ou se para forçar a vontade política de quem não a tem, indigitação de Durão Barroso pelo Conselho Europeu que hoje se iniciou era, até há uns dias atrás, dada como certa tanto por políticos como por jornalistas. Nos vários posts que já dedicámos ao assunto, de há muito que vínhamos alertando para as reticências, primeiramente muito ténues, mas depois cada vez mais ostensivas, que vários governantes, alguns deles de grande peso, vinham levantando ao “calendário” proposto pelos apoiantes de Barroso para a sua indigitação. E como sempre acontece nestas coisas começaram a esgrimir com argumentos jurídicos – os famosos constrangimentos legais – que são sempre os argumentos por detrás dos quais se esconde uma razão política, quando ainda não é chegado o momento de a apresentar frontalmente.
Apesar de a direita governar em quase todos os 27 Estados-membros, não há dúvida de que estamos muito longe da conjuntura que há cinco anos atrás levou Barroso à presidência da Comissão Europeia. Se Barroso, mesmo assim, conseguir continuar, teremos de nos vergar à sua enorme capacidade para sobreviver politicamente. Mas vai ser difícil. A ratificação do Tratado de Lisboa, mesmo depois de um eventual sim da Irlanda, vai continuar a trazer problemas, já que se não vê que eficácia, ou até validade, possam ter as garantias dadas aos irlandeses se elas não forem ratificadas pelos demais Estados-membros. E com o Tratado de Nice a regular a vida comunitária, as hipóteses de Barroso serão bem menores.
A estratégia de quem, sendo da família, não quer Barroso, passa mais pela criação de condições que levem à desistência do candidato do que propriamente à sua rejeição.
Não se percebe muito bem se por ingenuidade ou se para forçar a vontade política de quem não a tem, indigitação de Durão Barroso pelo Conselho Europeu que hoje se iniciou era, até há uns dias atrás, dada como certa tanto por políticos como por jornalistas. Nos vários posts que já dedicámos ao assunto, de há muito que vínhamos alertando para as reticências, primeiramente muito ténues, mas depois cada vez mais ostensivas, que vários governantes, alguns deles de grande peso, vinham levantando ao “calendário” proposto pelos apoiantes de Barroso para a sua indigitação. E como sempre acontece nestas coisas começaram a esgrimir com argumentos jurídicos – os famosos constrangimentos legais – que são sempre os argumentos por detrás dos quais se esconde uma razão política, quando ainda não é chegado o momento de a apresentar frontalmente.
Apesar de a direita governar em quase todos os 27 Estados-membros, não há dúvida de que estamos muito longe da conjuntura que há cinco anos atrás levou Barroso à presidência da Comissão Europeia. Se Barroso, mesmo assim, conseguir continuar, teremos de nos vergar à sua enorme capacidade para sobreviver politicamente. Mas vai ser difícil. A ratificação do Tratado de Lisboa, mesmo depois de um eventual sim da Irlanda, vai continuar a trazer problemas, já que se não vê que eficácia, ou até validade, possam ter as garantias dadas aos irlandeses se elas não forem ratificadas pelos demais Estados-membros. E com o Tratado de Nice a regular a vida comunitária, as hipóteses de Barroso serão bem menores.
A estratégia de quem, sendo da família, não quer Barroso, passa mais pela criação de condições que levem à desistência do candidato do que propriamente à sua rejeição.
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