Chegou a pairar na política portuguesa a ideia de que Cavaco iria marcar as legislativas no mesmo dia das autárquicas. O Presidente era claramente favorável à simultaneidade dos actos eleitorais, tendo-se o PSD feito eco público desta vontade. Perante a recusa unânime dos demais partidos, nomeadamente do CDS, Cavaco, depois das declarações sobre o negócio da PT com a Media Capital, não tinha grandes alternativas: ou marcava as eleições para o mesmo dia e confirmava-se aos olhos da opinião pública como um simples lider partidário, ou seguia a opinião da maioria e mantinha teoricamente a aparência de equidistância partidária. Foi o que fez.
A ideia de que há eleições a mais é tipicamente uma perspectiva tecnocrática. Como não é possível passar sem elas, o ideal é que haja o menos possível e pelo menor espaço de tempo possível. Para não perturbar...
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