ÀQUELES QUE AFIRMAM QUE O NEOLIBERALIMO ESTÁ AGÓNICO
Um pouco por todo o lado, os governos europeus vêm tomando medidas anti-crise e, consequentemente, agravando o défice público. Muito se tem discutido se tais medidas serão ou não susceptíveis de gerar inflação. Como aqui já referimos certos sectores neo-keynesianos americanos têm negado essa possibilidade. E entendem que não devem deixar de ser tomadas, mesmo que haja o risco de alguma inflação. Como as medidas anti-crise não são todas da mesma natureza, aquelas a que agora nos referimos são as que assentam fundamentalmente num aumento do investimento público.
O Banco Central Europeu e alguns bancos centrais nacionais, fiéis à sua política monetarista, embora tivessem resistido inicialmente à tomada de medidas significativas contra a crise (o BCE até chegou a aumentar a taxa de juro quando a crise já estava abertamente desencadeada), acabaram por ceder à pressão dos governos, primeiro apara salvar bancos em risco de falência, depois para apoiar claramente a economia real fortemente penalizada pela crise financeira.
Como cima dizíamos, face ao agravamento dos défices, o Banco Central Europeu já começou a cerrar fileira com vista à imposição de políticas onde impere a “ortodoxia económica”.
Jean Claude Trichet, convidado um destes dias para participar em Espanha num seminário de banqueiros e empresários já veio dizer, aliás na esteira do governador do Banco de Espanha, que a crise exige uma reforma laboral e moderação salarial. E referindo-se à Espanha não teve pejo em afirmar: “O sistema espanhol de protecção é excessivamente oneroso para os empresários; para conseguir um mercado de trabalho mais dinâmico seria bom eliminar essas rigidezes” E acrescentou: “Não quero assustar ninguém, mas introduzir mais flexibilidade (no despedimento) é bom”. E quanto aos défices foi igualmente muito claro quando disse que não havia mais margem para mais endividamento, logo não haveria lugar para mais medidas de apoio.
Mais uma vez aqueles que são os grandes responsáveis pela crise, aí estão eles a passar a factura ao maior número e aos que nenhuma responsabilidade têm no que aconteceu. Mas estas palavras também demonstram que os bancos centrais vão continuar a defender as mesmas políticas como se nada se tivesse passado.
Embora seja de prever que Zapatero não ceda em matéria de flexibilização laboral, a resposta mais consistente voltou a vir de França. Sarkozy respondeu a Trichet que não poria em prática uma política de austeridade, porque tais políticas sempre falharam no passado e disse ainda que não aumentaria os impostos, uma vez que tal medida apenas contribuiria para prolongar a crise e diferir a sua superação.
De qualquer modo, a pregação já começou. Para que possa ser levada à prática depois de concluídos os ciclos eleitorais mais próximos…
Um pouco por todo o lado, os governos europeus vêm tomando medidas anti-crise e, consequentemente, agravando o défice público. Muito se tem discutido se tais medidas serão ou não susceptíveis de gerar inflação. Como aqui já referimos certos sectores neo-keynesianos americanos têm negado essa possibilidade. E entendem que não devem deixar de ser tomadas, mesmo que haja o risco de alguma inflação. Como as medidas anti-crise não são todas da mesma natureza, aquelas a que agora nos referimos são as que assentam fundamentalmente num aumento do investimento público.
O Banco Central Europeu e alguns bancos centrais nacionais, fiéis à sua política monetarista, embora tivessem resistido inicialmente à tomada de medidas significativas contra a crise (o BCE até chegou a aumentar a taxa de juro quando a crise já estava abertamente desencadeada), acabaram por ceder à pressão dos governos, primeiro apara salvar bancos em risco de falência, depois para apoiar claramente a economia real fortemente penalizada pela crise financeira.
Como cima dizíamos, face ao agravamento dos défices, o Banco Central Europeu já começou a cerrar fileira com vista à imposição de políticas onde impere a “ortodoxia económica”.
Jean Claude Trichet, convidado um destes dias para participar em Espanha num seminário de banqueiros e empresários já veio dizer, aliás na esteira do governador do Banco de Espanha, que a crise exige uma reforma laboral e moderação salarial. E referindo-se à Espanha não teve pejo em afirmar: “O sistema espanhol de protecção é excessivamente oneroso para os empresários; para conseguir um mercado de trabalho mais dinâmico seria bom eliminar essas rigidezes” E acrescentou: “Não quero assustar ninguém, mas introduzir mais flexibilidade (no despedimento) é bom”. E quanto aos défices foi igualmente muito claro quando disse que não havia mais margem para mais endividamento, logo não haveria lugar para mais medidas de apoio.
Mais uma vez aqueles que são os grandes responsáveis pela crise, aí estão eles a passar a factura ao maior número e aos que nenhuma responsabilidade têm no que aconteceu. Mas estas palavras também demonstram que os bancos centrais vão continuar a defender as mesmas políticas como se nada se tivesse passado.
Embora seja de prever que Zapatero não ceda em matéria de flexibilização laboral, a resposta mais consistente voltou a vir de França. Sarkozy respondeu a Trichet que não poria em prática uma política de austeridade, porque tais políticas sempre falharam no passado e disse ainda que não aumentaria os impostos, uma vez que tal medida apenas contribuiria para prolongar a crise e diferir a sua superação.
De qualquer modo, a pregação já começou. Para que possa ser levada à prática depois de concluídos os ciclos eleitorais mais próximos…
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