UM ACIDENTE SEM EXPLICAÇÃO
Causou uma enorme comoção o acidente com o moderníssimo Airbus da Air France ao largo de Fernando Noronha. Quem frequenta com regularidade aquela rota sabe bem, qualquer que seja a época do ano, que praticamente não há viagem sem turbulência exactamente na zona onde se presume que o avião caiu.
Se a viagem é feita de dia, como normalmente acontece no sentido Europa-Brasil, é muito frequente verem-se naquelas paragens nuvens gigantescas, assustadoras, que os pilotos contornam para fugir às consequências danosas das tempestades. Quem desde há muito viaja para o hemisfério sul também sabe, ou pensava saber, que os aviões estão equipados com radares meteorológicos que lhes permitem detectar com a devida antecedência as rotas perigosas. Creio que esta tecnologia já existe há muitas décadas, embora tenha vindo a ser cada vez mais aperfeiçoada com os extraordinários progressos técnicos proporcionados pela informática.
O A330 é o “supra-sumo” da Airbus e certamente que a última coisa que um passageiro experiente admitiria é que um avião daquela gama e com a sua extraordinária tecnologia poderia cair depois de atingida a altitude e velocidade cruzeiro.
Das muitas explicações que se aventam, insusceptíveis de confirmação se as caixas pretas não forem encontradas, resta sempre a dúvida sobre se o erro humano não é o principal responsável pelo que de outro modo não tem explicação.
Nos muitos depoimentos prestados, nas televisões nacionais e estrangeiras, por pilotos de várias nacionalidades, não pode deixar de sublinhar-se a segurança e a lucidez das respostas prestadas pelos pilotos da TAP.
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