ESCASSSEZ DE ALIMENTOS NAS CIDADES ARGENTINAS
Os supermercados em Buenos Aires e noutras cidades da Argentina estão-se debatendo com a escassez de alimentos, em consequência da greve, que já dura há 14 dias, do sector agro-pecuário. Há, por todo o lado, bloqueios nas estradas que impedem a chegada dos abastecimentos aos mercados.
Na passada terça-feira, a manifestação convocada em todo o país contra a política da recém-eleita presidente foi um êxito surpreendente, mesmo para os sectores que lideram a luta.
Esta luta é acima de tudo uma luta dos grandes produtores agro-pecuários contra as retenções à exportação impostas pelo governo, na sequência, aliás, da política que já vinha sendo seguida por Néstor kirchner, marido da actual presidente. Esta, ao aumentar a taxa de retenção para 45%, acabou por unir dois sectores historicamente inimigos – os grandes agro-pecuários e os mais de 75 mil pequenos produtores, aos quais é aplicável a mesma taxa.
Independentemente da justeza da luta ou da política que lhe deu azo, este exemplo serve para demonstrar que de nada adianta esgrimir com o estafado argumento da “legitimidade governamental”, como fazem os nossos conhecidos “defensores do governo na hora”, para resolver estes assuntos.
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