AINDA O ESCÂNDALO FISCAL NA ALEMANHA
Um forte terramoto fiscal sacode a Europa. Como sempre acontece com os terramotos, os danos são mais extensos e mais graves quanto mais próximo se está do seu epicentro. Se é no Liechtenstein, que em última instância a trama se consuma, embora hoje pareça cada vez mais evidente que quem está por detrás de tudo são os bancos suíços, não deixa de constituir uma vingança histórica o facto de a investigação sobre o dinheiro negro, que o Liechtenstein oculta, ter em Bochum a sua principal sede. Na verdade, esta cidade da bacia do Ruhr, durante tantos anos ponto nevrálgico da industrialização alemã, é uma das que mais tem sofrido com o capitalismo de casino, que tem no Liechtenstein uma das suas bancas mais importantes.
O dinheiro era levado para o Liechtenstein das mais diversas maneiras, embora a mais frequente e a mais segura tenha assentado na cumplicidade dos próprios bancos alemães. Eles transferiam para o Principado grandes somas, como se dinheiro próprio se tratasse, e, tempos mais tarde, enviavam ao banco do Liechtenstein (LGT) os nomes dos depositantes. Depois, o banco do Liechtenstein para cada conta criava uma fundação. Como só o banco e o cliente sabiam de quem era a fundação, o sistema funcionava sem problemas e com total opacidade. Criar uma fundação no Principado é tão fácil como assinar um cheque. Os números são, de resto, arrasadores. O Liechtenstein tem 35 mil habitantes e 50 mil fundações! Nele operam 15 bancos, dos quais 10 são filiais de bancos suíços e austríacos.
A Europa empenhada na fuga ao fisco tem mantido com a Alemanha uma estreita colaboração, que, ao que se supõe, já terá hoje muita mais informação do que a consta do DVD. Só a título de exemplo: em Espanha estão sendo investigadas 100 pessoas, na Itália 150 e na França 200. Em Portugal ninguém fala no assunto. Nem os media, nem a oposição. Pode ser que a administração fiscal esteja a actuar no silêncio do segredo de justiça…
Um forte terramoto fiscal sacode a Europa. Como sempre acontece com os terramotos, os danos são mais extensos e mais graves quanto mais próximo se está do seu epicentro. Se é no Liechtenstein, que em última instância a trama se consuma, embora hoje pareça cada vez mais evidente que quem está por detrás de tudo são os bancos suíços, não deixa de constituir uma vingança histórica o facto de a investigação sobre o dinheiro negro, que o Liechtenstein oculta, ter em Bochum a sua principal sede. Na verdade, esta cidade da bacia do Ruhr, durante tantos anos ponto nevrálgico da industrialização alemã, é uma das que mais tem sofrido com o capitalismo de casino, que tem no Liechtenstein uma das suas bancas mais importantes.
O dinheiro era levado para o Liechtenstein das mais diversas maneiras, embora a mais frequente e a mais segura tenha assentado na cumplicidade dos próprios bancos alemães. Eles transferiam para o Principado grandes somas, como se dinheiro próprio se tratasse, e, tempos mais tarde, enviavam ao banco do Liechtenstein (LGT) os nomes dos depositantes. Depois, o banco do Liechtenstein para cada conta criava uma fundação. Como só o banco e o cliente sabiam de quem era a fundação, o sistema funcionava sem problemas e com total opacidade. Criar uma fundação no Principado é tão fácil como assinar um cheque. Os números são, de resto, arrasadores. O Liechtenstein tem 35 mil habitantes e 50 mil fundações! Nele operam 15 bancos, dos quais 10 são filiais de bancos suíços e austríacos.
A Europa empenhada na fuga ao fisco tem mantido com a Alemanha uma estreita colaboração, que, ao que se supõe, já terá hoje muita mais informação do que a consta do DVD. Só a título de exemplo: em Espanha estão sendo investigadas 100 pessoas, na Itália 150 e na França 200. Em Portugal ninguém fala no assunto. Nem os media, nem a oposição. Pode ser que a administração fiscal esteja a actuar no silêncio do segredo de justiça…
1 comentário:
É, ser dono de banco que é o negócio. na hora de vc negociar com eles eles parecem as pessoas mais corretas do mundo, quando na verdade são as mais suja das raças. Parabéns pelo blog, Abraço, Thales
Enviar um comentário